Visitas de segway são nova forma de mostrar o Porto

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Ao fim de alguns minutos, sem quedas ou desequilíbrios, o espanhol Imanol Dehesa deslizava no segway como um profissional. De férias no Porto com um amigo, o turista espanhol resolveu experimentar esta nova forma de conhecer a cidade numa visita guiada.

A iniciativa é da Bluedragon City Tours, uma empresa com uma equipa de oito pessoas que entrou em funções há cerca de dois meses e que disponibiliza, também, passeios a pé ou de bicicleta - tudo serviços não poluentes. "A ideia é ver mais pagando menos, com 100 por cento de divertimento e zero por cento de CO2 [dióxido carbono]. Isto é muito importante para nós", explicou à Lusa Ângelo André, gerente da empresa que segue o modelo de "uma empresa americana que opera em várias cidades da Europa".

O responsável considera que a empresa veio "preencher um vazio" nos passeios ao Porto, porque agora é possível a pequenos grupos fazerem visitas acompanhadas por guias-intérpretes que vão contando as histórias e curiosidades da cidade.

"Queremos contar às pessoas os pequenos segredos da cidade, de forma divertida e dando imensas curiosidades, que foram alvo de investigação grande, durante dois meses, para darmos esse brinde ao visitante", esclarece o gerente.

Imanol Dehesa veio de Bilbau para uma estada de três dias no Porto e, depois de passar pelos Aliados, Estação de S. Bento e Sé, estava a gostar da aventura: "Está a correr muito bem. É muito cómodo para ver toda a cidade", observou.

Marlene, a guia que acompanha os espanhóis, explica que o segredo para andar de segway é "encontrar um ponto de equilíbrio para não ganhar medo e manter o corpo sempre descontraído".

O Porto é uma cidade com muitos planos inclinados, mas o segway está preparado para isso: "Sobe qualquer tipo de rampa, mas começamos o percurso na parte alta para iniciar com descidas", assegura Ângelo André.

A empresa tem um projecto para, "a breve prazo", alugar segways com um áudio-guia, para que "as pessoas possam andar livremente por rotas previamente definidas". Alugar o meio de transporte e deixar o turista sem qualquer orientação é que ainda não é possível, lamenta Ângelo André, apontando o dedo "à falta de rampas em alguns locais e à falta de civismo nos estacionamentos".

Um passeio de segway com duração de quatro horas e passagem pelos Aliados, S. Bento, Sé, café Majestic, Clérigos (inclui uma visita à loja Vida Portuguesa), Infante e Ribeira custa 50 euros por pessoa.

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