Castanheira Barros formaliza quinta-feira candidatura à liderança do PSD

O advogado Castanheira Barros formaliza quinta-feira, em Lisboa, a sua candidatura à presidência do PSD, propondo aos militantes “um partido com preocupações ecológicas” que promova “um desenvolvimento sustentável”.

“O PSD deve afirmar-se como ‘via verde’ para o desenvolvimento sustentável”, disse hoje Jorge Castanheira Barros à agência Lusa.

Defensor de “um regresso às origens sociais democratas” do partido fundado por Sá Carneiro, o causídico de Coimbra entrega a sua candidatura na sede nacional do PSD, em Lisboa, na quinta-feira, às 19h30, proferindo de seguida uma comunicação aos jornalistas.

Enquanto advogado e cidadão, Castanheira Barros, de 58 anos, envolveu-se nos últimos anos na contestação à co-incineração de resíduos industriais perigosos nas cimenteiras de Coimbra e Setúbal.

Entende que o desenvolvimento de Portugal e do mundo deve assentar num “capitalismo solidário” que tenha “o bem-estar social” como principal objetivo e “não o lucro a qualquer preço”.

“O PSD não deve ter preconceitos em afirmar as preocupações ecológicas, que são conciliáveis com um desenvolvimento assente primordialmente em indústrias não poluentes e nas energias alternativas”, afirmou.

Até terça-feira, Castanheira Barros recolheu as 1500 assinaturas exigidas para formalizar a sua candidatura.

A última dessas assinaturas coube ao militante de Coimbra António Barbosa de Melo, antigo presidente da Assembleia da República, num “gesto simbólico” que Castanheira Barros assume não equivaler a “um sinal de apoio”.

Em declarações à Lusa, Barbosa de Melo confirmou hoje que a sua subscrição não traduz o apoio a Castanheira Barros, mas antes um contributo para o debate entre os diferentes candidatos.

“Uma coisa é propor, outra coisa é votar”, esclareceu, frisando que “o eleitorado precisa de ter escolhas para votar”.

Barbosa de Melo lamentou que o regulamento do próximo congresso limite a cada militante “a subscrição de uma única candidatura”, uma imposição que “não fazia parte do regime jurídico do partido” no tempo de Sá Carneiro.

Os outros candidatos à liderança do PSD são José Pedro Aguiar-Branco, Pedro Passos Coelho e Paulo Rangel.

Sugerir correcção
Comentar