Washington defenderá a Coreia do Sul, garante Hillary Clinton

Foto
Pyongyang diz-se “desligada” do armistício assinado com o Sul no final de guerra de 1950-1953 Jo Yong-Hak/Reuters

“Eu quero insistir nos compromissos assumidos pelos Estados Unidos – e que temos a intenção de honrar – na defesa da Coreia do Sul e do Japão”, disse Clinton à imprensa em Washington.

“Qualquer acto hostil praticado contra os nossos navios pacíficos, incluindo buscas e confiscação, será considerado uma violação imperdoável da nossa soberania e responderemos imediatamente com um poderoso ataque militar”, avisara um porta-voz do exército norte-coreano, citado pela noticiosa local KCNA. “Aqueles que nos provocaram vão ter de enfrentar uma sanção sem piedade e inimaginável”, continuou o mesmo responsável, apontando directas responsabilidades na presente crise a Washington e a Seul.

Esta ameaça surgiu depois de Seul se ter declarado parte activa na iniciativa, liderada pelos norte-americanos, de fazer buscas em navios norte-coreanos suspeitos de transportarem armas de destruição maciça.

Para o muito fechado regime comunista de Pyongyang, a decisão da Coreia do Sul – de adesão expressa, na noite de ontem, à chamada Iniciativa de Anti-Proliferação (PSI) – constitui uma “declaração de guerra”. Isso mesmo era precisado num comunicado do exército do país, citado pela KCNA, avançando ainda que Pyongyang se considerava assim “desligada” do armistício assinado com o país vizinho no final de guerra de 1950-1953.

“As ameaças não darão à Coreia do Norte a atenção que deseja. Os seus actos continuarão a reforçar, pelo contrário, o seu próprio isolamento”, dissera já o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs. “É a quinta vez em 15 anos que eles tentam invalidar o armistício que pôs fim à guerra das Coreias”, acrescentou Gibbs.

A Rússia repetiu entretanto que vai associar-se a uma “resolução firme” do Conselho de Segurança nas Nações Unidas, apelando, em simultâneo ao regresso dos norte-coreanos às negociações – o “único meio” de resolver esta crise.

O Conselho de Segurança deve “exprimir uma posição firme”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov. Mas “não devemos punir por punir”, defendeu, insistindo na necessidade de voltar às negociações “a Seis” – as duas Coreias, a Rússia, a China, o Japão e os EUA.

Sugerir correcção
Comentar