Barack Obama é o 44º Presidente dos Estados Unidos

Foto
O novo Presidente dos EUA no momento do juramento Jim Bourg/Reuters

“Eu, Barack Hussein Obama, juro solenemente que cumprirei fielmente as funções de Presidente dos Estados Unidos e farei o melhor que estiver ao meu alcance para preservar, proteger e defender a Constituição dos Estados Unidos”. Com a mão sobre a mesma bíblia usada por Abraham Lincoln na tomada de posse, em 1861, Barack Obama tornou-se hoje oficialmente o 44º Presidente dos EUA. Aos 47 anos, o democrata é o primeiro afro-americano a assumir a liderança dos EUA, num momento em que o país atravessa uma grave crise económica e continua enredado em duas guerras.

Além dos convidados, cerca de dois milhões de pessoas assistem à cerimónia em Washington concentradas no Mall, a grande alameda de três quilómetros que se estende aos pés do Capitólio norte-americano.

Minutos antes, foi Joe Biden, o novo vice-presidente, a prestar juramento, seguindo-se agora o discurso inaugural de Obama que, segundo fontes próximas, deverá demorar entre 15 a 20 minutos e marcar o tom dos quatro anos da sua presidência.

Sendo um dos mais novos dos EUA, Obama chega à Casa Branca como um forte apoio popular e uma projecção internacional sem precedentes, depois de uma campanha eleitoral mobilizadora, assente na palavra “mudança” e na reconquista do “sonho americano”. Mas pela frente, terá aquela que é já considerada a maior crise económica internacional desde a Grande Depressão, traduzida já numa economia em recessão e com uma elevada taxa de desemprego e na situação de pré-falência de grandes grupos económicos.

A guerra do Iraque, que o democrata se comprometeu a terminar no prazo de 16 meses, será outra dor de cabeça, já que a prometida retirada militar só será possível com uma passagem de testemunho sem mácula para as novas autoridades iraquianas. Obama comprometeu-se também a vencer a guerra no Afeganistão, enviando mais reforços para combater os rebeldes taliban e os seus aliados da Al-Qaeda.

Ontem, na véspera da tomada de posse voltou a lançar um apelo à unidade do povo americano, superando as diferenças raciais e económicas, as divergências ideológicas e religiosas. “Amanhã, quando nos juntarmos seremos apenas um, na esplanada [do Capitólio], onde o sonho [de Martin Luther] King continua a ressoar”.

Sugerir correcção
Comentar