McCain reconhece derrota nas presidenciais

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Mike Blake/Reuters

John McCain reconheceu esta noite a derrota e felicitou Barack Obama pela vitória nas eleições presidenciais, sublinhando que a sua conquista tem “um significado especial para todos os afro-americanos”. Durante o seu discurso, em Phoenix, Arizona, muitos dos apoiantes republicanos não se abstiveram de apupar o candidato democrata.

“O povo americano falou e creio que falou claramente”, declarou o candidato republicano, que surgiu em palco acompanhado pela mulher, Cindy, por Sarah Palin e o marido desta. McCain revelou já ter conversado, por telefone, com o novo Presidente eleito e elogiou as qualidades de Obama, um candidato “que inspirou milhões de americanos”, ultrapassando barreiras etárias e ideológicas.

Apesar dos elogios, foram muitos os apoiantes ao adversário que o interromperam para apupar Obama, ouvindo-se mesmo alguns insultos dirigidos ao novo Presidente eleito.

McCain disse não ignorar “o carácter histórico” da eleição de hoje, que confirmou a eleição do primeiro negro para a presidência dos EUA, sublinhando que a “América está hoje a um mundo de distância” do segregacionismo do século passado.

O senador do Arizona, de 72 anos, prometeu ainda colaborar com Obama na resolução dos desafios que o país - a braços com uma grave crise financeira e duas guerras - enfrenta, para que a nova Administração garanta “uma América mais próspera e segura”. “Quaisquer que sejam as nossas divergências, somos todos americanos e acreditem em mim quando digo que não há associação que eu mais preze do que esta”, declarou.

“É natural que hoje sintamos algum desapontamento, mas amanhã devemos seguir em frente”, declarou o senador, que não esqueceu o apoio recebido na actual campanha, dizendo que voltou a ser “um homem de sorte”. “Esta derrota é minha”, afirmou, imediatamente contestado pelos presentes.

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