Rússia exige a retirada total da Geórgia na Ossétia antes de iniciar negociações

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Gleb Garanich/Reuters

A Rússia exigiu à Geórgia que “retire completamente” as suas tropas da Ossétia do Sul antes de serem iniciadas quaisquer negociações com vista a um cessar-fogo na região separatista. O pedido de Moscovo foi feito a Tbilissi durante uma conversa telefónica entre os chefes da diplomacia dos dois países realizada após a intervenção do ministério alemão dos Negócios Estrangeiros.

“O lado russo sublinhou a necessidade absoluta de uma retirada completa de todas as formações armadas georgianas da zona de conflito”, avançou, em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

Contestando as informações de Tbilissi, Moscovo alegou que “as forças georgianas continuam presentes em Tskhinvali [capital da Ossétia do Sul] e nos arredores”. “Apenas uma retirada sem condições das tropas georgianas poderão permitir que a paz seja restabelecida na zona de conflito e que regresse a legalidade”, acrescenta a nota do chefe da diplomacia russa.

O comunicado de Moscovo foi divulgado após uma conversa telefónica entre os ministros dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, e georgiana, Eka Tkeshelashvili, depois da intervenção do seu homólogo alemão, Frank-Walter Steinmeier.

Da Rússia chegou ainda um desmentido quanto à sua participação no bombardeamento desta tarde do aeroporto internacional de Tbilissi. “Essa desinformação foi avançada pela parte georgiana com o objectivo de induzir em erro a comunidade internacional sobre os acontecimentos em curso na Ossétia do Sul”, disse um representante do Ministério da Defesa russo, citado pela agência Interfax.

Depois de a AFP ter avançado que um aeroporto militar nos arredores de Tbilissi foi bombardeado esta tarde, o Ministério do Interior da Geórgia anunciou pouco depois que a aviação russa tinha atacado uma zona situada a cerca de 200 metros da pista do aeroporto internacional da cidade.

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