Noruega decide reduzir ainda mais as suas emissões de dióxido de carbono

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A Noruega vai aumentar o seu orçamento para a investigação sobre energias renováveis Paulo Pimenta

A Noruega decidiu rever em alta as suas ambições em matéria de redução de emissões de dióxido de carbono no seu território, anunciou hoje o Governo em comunicado. O seu objectivo é tornar-se um país com “zero emissões” em 2030.

Oslo prevê que os dois terços de reduções de CO2 (dióxido de carbono) previstos até 2020 sejam reduções efectivas em território norueguês; o resto fica coberto por promoção de projectos de desenvolvimento limpo no estrangeiro. Até agora, o país previa reduzir entre metade e dois terços de emissões no seu território.

Nos termos de um acordo, concluído entre o Governo de coligação de centro-esquerda norueguês e os partidos da oposição depois de intensas negociações, os impostos sobre os combustíveis vai aumentar 1,25 cêntimos por litro de diesel e 0,62 cêntimos por litro de gasolina.

“Este acordo sobre o clima significa que a Noruega está no caminho para se tornar um país ‘zero emissões’ em 2030, em vez de ser em 2050”, data actualmente fixada, comenta o Governo.

A Noruega fixou este objectivo ambicioso em Abril. Através dele pretende eliminar até 2030 a totalidade das suas emissões de CO2 graças às reduções dentro das suas fronteiras e a medidas de compensação no estrangeiro.

O Governo norueguês, liderado pelo primeiro-ministro Jens Stoltenberg, acrescenta que vai diminuir as suas emissões entre 15 e 17 milhões de toneladas até 2020, incluindo as emissões absorvidas pelas florestas (cerca de três milhões de toneladas). Anteriormente previa uma redução entre as 13 e as 16 milhões de toneladas.

Em 2006, o país emitiu cerca de 54 milhões de toneladas de CO2.

A Noruega vai aumentar o seu orçamento para a investigação sobre energias renováveis, que passa de 8,8 milhões de euros este ano para 37,74 milhões de euros em 2009 e para 75,5 milhões de euros em 2010.

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