Orcas são os mamíferos do Árctico com maior concentração de toxinas

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Os níveis de toxinas nas orcas ultrapassaram os dos ursos polares DR

As orcas são os mamíferos do Árctico com maior concentração de toxinas, como os PCB (bifenóis policlorados), revela hoje um estudo do Instituto Polar Norueguês.

As toxinas - que se concentram na gordura dos peixes, alimento das orcas – provêm maioritariamente dos produtos domésticos e são levadas para as águas do Árctico pelas correntes oceânicas, ventos ou espécies migradoras.

"As orcas podem ser consideradas indicadores da saúde do nosso ambiente marinho", disse Hans Wolkers, investigador do Instituto Polar Norueguês, em Tromsoe.

"Os elevados níveis de poluentes são alarmantes", acrescentou. "Mostram claramente que os mares do Árctico não são tão limpos como deveriam ser. Isto afecta, de foram especial, os animais no topo da cadeia alimentar".

Durante o Inverno, as orcas migram para os fiordes da Noruega para se alimentarem de arenques. Estes têm elevados níveis de toxinas que se acumulam na gordura das orcas, revela o estudo, financiado pela organização WWF.

Segundo o estudo - baseado em amostras de gordura recolhidas em 2002 e a continuar com novas amostras recolhidas em Novembro -, os níveis de toxinas nas orcas ultrapassaram os dos ursos polares.

Segundo os investigadores, as toxinas fabricadas pelo homem causam desequilíbrios hormonais na vida selvagem do Árctico.

Os PCB são compostos químicos actualmente proibidos em vários países do Ocidente, mas podem levar décadas a desaparecer do ambiente.

A ministra norueguesa do Ambiente, Helen Bjoernoey, juntou-se à WWF numa declaração que pede à União Europeia a imposição de controlos mais exigentes para estas substâncias químicas.

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