Porto: PCP questiona vontade socialista de reactivar linha de eléctrico na Avenida da Boavista

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Francisco Assis opta pelos eléctricos na Avenida da Boavista, em detrimento do canal de metro Manuel Roberto/PÚBLICO

O autarca comentava um compromisso assumido sexta-feira à noite pelo candidato socialista à autarquia, Francisco Assis, de relançar os eléctricos na Avenida da Boavista, em detrimento do canal de metro preconizado pelo presidente da autarquia, o social-democrata Rui Rio.

"Grandes discussões tive eu na Assembleia Municipal com o doutor Fernando Gomes [antigo presidente da Câmara socialista] quando ele defendia que o eléctrico era um meio de transporte completamente ultrapassado", acrescentou Rui Sá.

O vereador falava aos jornalistas durante uma visita a obras em arruamentos da zona da Boavista para permitir uma prova automobilística de clássicos da Fórmula 1.

Independentemente de a opção recair numa linha de metro ou de eléctrico, Rui Sá considerou que o percurso pré-estabelecido - toda a Avenida da Boavista, em cerca de seis quilómetros - "é o menos sedutor". "Mais vantajoso seria que esse transporte subisse a Avenida Antunes Guimarães, virando na Fonte da Moura e no Lidador para descer a Circunvalação, apanhando assim uma zona com muito mais população", preconizou.

Na sexta-feira à noite, durante um fórum relativo à mobilidade, o candidato socialista à Câmara do Porto assegurou que se for eleito "não haverá linha de metro na Avenida da Boavista". Um comunicado dos seus serviços de candidatura atribui ainda a Francisco Assis a intenção de reabilitar a Avenida da Boavista, "mas servi-la com uma linha de eléctricos rápidos".

Na sua visita de hoje à zona da Boavista, o comunista Rui Sá disse-se "preocupado" com os atrasos, de cerca de um mês, nas obras de adaptação de algumas artérias para receber a prova de clássicos em Fórmula 1, marcada para 8, 9 e 10 de Julho. No caso específico da Avenida da Boavista, uma das artérias a utilizar nas corridas, com cerca de 25 metros de largura, as transformações em curso visam criar duas faixas de rodagem em cada sentido e um canal central livre para metro ou eléctrico. "Toda a avenida vai ficar sem zonas de estacionamento", lamentou Rui Sá.

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