Vinte importantes militares e cientistas da Coreia do Norte fugiram para os EUA

Foto
Ontem, a Coreia do Norte anunciou ter reprocessado mais de 8000 barras de combustível AFP

Um grupo de 20 militares e importantes cientistas norte-coreanos, entre eles o “pai” do programa nuclear de Pyongyang, Kyong Won Ha, fugiu para os Estados Unidos e países aliados no âmbito de uma operação secreta levada a cabo via Nauru, uma pequena república do Pacífico, segundo publica o jornal australiano “The Australian” na sua edição de sábado ("The Weekend Australian”).

Estas deserções nas fileiras da elite militar e científica de Pyongyang começaram no passado mês de Outubro, quando onze países decidiram conceder protecção consular para conduzir norte-coreanos na China até lugares seguros, afirma o diário.

Os interrogatórios a Kyong deram aos serviços secretos norte-americanos uma perspectiva inédita das capacidades nucleares de Pyongyang, especialmente no que se refere ao reactor número 1 de Yongbyon.

Segundo o diário, a operação começou no passado dia 12 de Outubro, quando Philip Gagner, um advogado residente nos Estados Unidos propôs ao Presidente de Nauru, Rene Harris, financiar a abertura de embaixadas em Washington e Pequim a troco de uma “ajuda a alguns refugiados”.

Ontem, o Governo da Coreia do Norte anunciou ter reprocessado mais de 8000 barras de combustível no âmbito do seu programa nuclear, o que permitiria ao país produzir plutónio com fins militares.

Os Estados Unidos acreditam que o regime corte-coreano poderá estar a fazer “bluff”, mas o anúncio pôs em causa as conversações entre Pyongyang, Washington e Pequim previstas para a próxima semana.

Sugerir correcção
Comentar