Facebook dá bolsas a quem usar a rede social para criar comunidades

Estão disponíveis oito milhões de euros para projectos que tenham impacto na vida das pessoas fora da Internet.

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Desde o ano passado que a empresa adoptou a missão de "aproximar o mundo" Dado Ruvic/Reuters

O Facebook criou bolsas para financiar projectos que usem a rede social como forma de criar grupos e comunidades que tenham uma existência para lá da Internet, continuando assim a estratégia de incentivar o uso da plataforma para juntar pessoas com os mesmos interesses e de se transformar numa infraestrutura para todo o tipo de relações entre pessoas.

A empresa anunciou que vai disponibilizar um total de dez milhões de dólares (cerca de oito milhões de euros) para projectos encabeçados por “líderes de comunidades”. Até cinco pessoas poderão ser seleccionadas para receber um máximo de um milhão de dólares cada, e outras 100 pessoas poderão vir a receber 50 mil euros cada como forma de apoio a iniciativas.

Para além das bolsas, o Facebook introduziu novidades na gestão das páginas de grupos, com o objectivo de facilitar o trabalho dos respectivos administradores. Os grupos no Facebook são usados para agregar pessoas interessadas em múltiplos temas, desde jogos de tabuleiro a causas sociais. Frequentemente servem para coordenar iniciativas que acontecem fora da Internet. Com as novas funcionalidades, os administradores dos grupos poderão agora, por exemplo, publicar regras de conduta que sejam visíveis para todos os membros e escolher uma cor para a página do grupo.

“Estamos à procura de comunidades que tragam significado às pessoas que lá estão, estamos à procura de iniciativas que fomentem um impacto positivo, e estamos à procura de comunidades que tanto tenham componentes online como offline”, explicou a responsável na empresa pela área dos grupos e comunidades, Jennifer Dulski, citada pela agência Reuters.

A atenção dada à criação de comunidades vai ao encontro da redefinição da estratégia do Facebook, feita por Mark Zuckerberg no ano passado. O fundador da rede social alterou em Junho a missão da empresa, que antes pretendia tornar o mundo “mais aberto e conectado”, e que passou a ter o objectivo de “aproximar o mundo”.

Aquela mudança é, em parte, um reflexo das críticas que têm sido apontadas à rede social e que levaram Zuckerberg a mostrar-se preocupado com a qualidade do tempo que as pessoas gastam na plataforma e das relações que lá estabelecem. Desde 2017 que Zuckerberg tem dito que quer transformar o Facebook numa plataforma para que as pessoas se possam ligar e interagir de acordo com os seus interesses e necessidades, em relações que não têm de ser necessariamente online.

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