Atirador de Las Vegas instalou câmaras no hotel

Motivações continuam a ser um mistério. Trump descarta "para já" debate sobre o controlo de armas.

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Reuters/MIKE BLAKE

Dois dias depois do massacre em Las Vegas que vitimou 59 pessoas, as autoridades norte-americanas continuam a investigar o caso para perceber as motivações de Stephen Paddock.

Apesar de ainda não ter existido nenhuma conclusão sobre as motivações, ou falta delas, o xerife do condado de Clark, Joseph Lombardo, afirmou nesta terça-feira aos jornalistas, que Paddock disparou sobre a multidão de mais de 20 mil pessoas durante nove minutos seguidos a partir da janela de um quarto de hotel.

Foi também dito por fonte do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, citada pela Reuters, que ainda não foram encontradas quaisquer provas de ligação a grupos extremistas internacionais, apesar da reivindicação do Daesh e que a investigação ao passado do atirador não mostra nenhum padrão de violação da lei ou de discurso de ódio.

“Não podemos descartar a doença mental ou alguma forma de dano cerebral, apesar de não haver nenhuma prova disso”, afirmou a fonte oficial à Reteurs.

Por sua vez, Lombardo revelou que Paddock instalou câmaras fora do quarto de hotel a partir do qual realizou os disparos, aparentemente para monitorizar as movimentações no corredor, em especial da polícia ou segurança.

Lombardo garantiu ainda que a polícia não tem mais suspeitos de envolvimento no massacre, mas que os investigadores pretendem falar com a namorada de Paddock, Marilou Danley, que se encontra nas Filipinas, referiu.

Este ataque num concerto em Las Vegas fez com que o debate sobre a política de controlo de armas nos EUA voltasse a ganhar destaque. No entanto e questionado sobre o assunto em Porto Rico, o Presidente norte-americano, Donald Trump, descartou, para já, essa discussão: “Talvez venha a acontecer”, disse, citado pela Reuters, acrescentando que “não é para já”.

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