"Não podemos esperar pela próxima eleição" na Europa para resolver a dívida

O ministro do Trabalho e da Segurança Social diz que os temas como a renegociação da dívida ou a promoção do crescimento não podem esperar pelas constantes eleições na Europa.

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ENRIC VIVES-RUBIO

Para Vieira da Silva, as questões da dívida pública e da promoção do crescimento económico na União Europeia têm de ser assuntos autónomos das eleições nos vários países na Europa. Em entrevista à Antena 1, o ministro do Trabalho e Segurança Social diz que há trabalho a ser feito para que se criem condições para o crescimento "tão depressa quanto possível".

É preciso "termos a capacidade de, com quem está, poder trabalhar para reforçar a capacidade de intervenção dos instrumentos que a Europa tem para fazer face às crises. Não podemos estar paralisados à espera da próxima eleição, porque senão a União Europeia estará num impasse prolongado", disse Vieira da Silva respondendo a uma questão sobre dívida pública.

Para o ministro, estas questões são independentes dos ciclos eleitorais: "Já não me recordo do momento em que não estejamos à espera de umas eleições. É preciso ultrapassar essa posição de quase paralisia ou semiparalisia porque este vai ter eleições, porque não se sabe que resultado vai ter acolá". 

Contudo, para Vieira da Silva, não se coloca apenas a renegociação da dívida, mas sobretudo o crescimento económico. "Diria de uma forma mais ampla, é o tema de criar condições para que Portugal possa recuperar economicamente no quadro europeu e no quadro da dívida que é muito elevada. Estamos todos a trabalhar para que essas condições se criem tão depressa quanto possível", referiu.

Há uma semana, em entrevista à RTP, o primeiro-ministro tinha defendido que a questão da dívida pública dos países da União Europeia não entraria na agenda de Bruxelas antes das eleições da Alemanha, no próximo ano. "Havendo eleições na Alemanha, até Outubro de 2017 a UE não discutirá nada relativamente às dívidas", disse o primeiro-ministro. "Mas mais tarde ou mais cedo, infelizmente mais tarde que cedo, isso exige uma resposta integrada. Mas colocar essa questão agora seria inútil e contraproducente", acrescentou.

 

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