Governo diz que outras instituições terão de rever em alta previsões para Portugal

Ministério liderado por Mário Centeno defende que são as políticas seguidas pelo Executivo que estão a conduzir à aceleração da economia.

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Mário Centeno garante não estar surpreendido por aceleração da economia Miguel Manso

A aceleração registada na economia durante o terceiro trimestre é o resultado de um aumento de confiança registado desde o início do ano e deverá obrigar as instituições mais pessimistas em relação ao desempenho de Portugal em 2016 a rever em alta a suas projecções, defende o Governo.

Na reacção aos dados publicados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística sobre a evolução da economia portuguesa no terceiro trimestre deste ano, o Ministério das Finanças defende que o crescimento de 0,8% (com a variação homóloga a subir para 1,6%) “confirmam a aceleração da produção nacional que já se observava desde o início do ano”.

A entidade liderada por Mário Centeno faz questão de assinalar que “estes dados não surpreendem”, lembrando que “os indicadores de confiança, coincidentes e avançados de várias instituições já faziam prever uma aceleração da actividade económica” em Portugal.

O comunicado do Ministério das Finanças defende mesmo que a entrada em funções do novo Governo foi o ponto de viragem para a tendência registada na economia. “ As políticas orçamentais e económicas adoptadas e a estabilidade política, contrastante com a de múltiplas latitudes, têm promovido junto dos empresários e trabalhadores portugueses as condições necessárias à recuperação económica do país”, afirma o comunicado enviado para as redacções.

Mário Centeno deixa ainda uma mensagem para entidades como a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional que têm apresentado previsões de crescimento para Portugal que são inferiores às do Governo. Neste momento, o Executivo estima que a economia cresça 1,2% no total de 2016 (uma revisão em baixa da previsão inicial de 1,8%). A Comissão Europeia, contudo, não acredita num valor superior a 0,9% e o FMI projecta uma variação do PIB de 1% apenas.

As Finanças dizem que os novos dados dão razão ao Governo. “A incorporação destes dados nas previsões para a economia portuguesa implicará uma revisão em alta dos últimos números divulgados por várias instituições”, afirmam.

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