Estado lança nova emissão de dívida pública destinada a particulares

Valor indicativo é de 500 milhões de euros, a de juros mínimo de 2,05% brutos, inferior à primeira emissão.

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Estado volta a recorrer aos particulares para se financiar. Reuteus

Depois do sucesso da emissão de Maio e perante condições de mercado um pouco mais adversas, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) anunciou uma nova venda de obrigações dirigidas ao público em geral.

A nova emissão de Obrigações do Tesouro com Rendimento Variável (OTRV), tem um montante indicativo de 500 milhões de euros, que pode ser aumentado em face da procura, como aconteceu na primeira operação, que atingiu 750 milhões de euros.

A taxa de juro das novas OTRV terá um valor mínimo fixo de 2,05% brutos, que pode subir se a Euribor a seis meses inverter a tendência de queda e recuperar valores positivos.

Com um valor de 1000 euros cada obrigação, a comercialização da nova oferta decorrerá entre 20 de Julho e 9 de Agosto. O limite de aplicação é de um milhão de euros.

As obrigações são colocadas por um universo alargado de bancos e implicam, ao contrário dos Certificados de Aforro, e os Certificados de Poupança Mais, o pagamento de várias comissões, o que pode reduzir ou anular a rentabilidade no caso de subscrição de poucas unidades.

As OTRV pagam juros semestrais e a nova emissão vence em Agosto de 2021.

Na primeira emissão, realizada em Maio, a procura foi elevada, atingindo os 1200 milhões de euros. A oferta inicial foi mais do que duplicada, tendo sido fixada em 750 milhões de euros.

Face a Maio, a taxa é inferior, já que o prémio fixo na primeira emissão ascende a 2,2%.

O mercado de retalho assume-se como um complemento ao financiamento do Estado, que até ao final do ano ascende a cinco milhões de euros. A taxa também é ligeiramente inferior ao conseguido no mercado primário.

Não é directamente comparável, mas a emissão de dívida a seis anos, realizada esta quarta-feira, foi feita à taxa de 2,355%.

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