Ai Weiwei e Anish Kapoor unem forças pelos refugiados

Os dois artistas marcaram para esta quinta-feira em Londres uma marcha de apoio aos refugiados.

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A imagem publicada por Kapoor Instagram @dirty_corner

Uma marcha de protesto e um cobertor como forma simbólica de representar a necessidade daqueles que fogem à guerra. Ai Weiwei e Anish Kapoor, dois dos mais importantes nomes da arte contemporânea e também dos mais controversos, juntaram-se e querem marcar uma posição nesta crise dos refugiados. Os dois artistas organizaram para esta quinta-feira uma marcha de protesto a favor dos refugiados pelas ruas de Londres, em Inglaterra. Uma acção para ser repetida em várias cidades do mundo nos próximos meses.

Foi com uma fotografia dos dois artistas e uma vela acesa que Ai Weiwei anunciou a acção no Instagram, rede social onde é bastante activo. “Anish e eu demos as mãos para andar. Vamos andar por Londres”, escreve o artista chinês de 57 anos, acrescentando que cada um levará um cobertor: “Um símbolo das necessidades que os 60 milhões de refugiados enfrentam hoje no mundo”. Ai Weiwei e Anish Kapoor pedem apenas a todos os que se quiserem juntar nesta manifestação de apoio aos refugiados que levem também um cobertor.


A marcha, cuja concentração está marcada para as 10h, vai partir da Royal Academy of Arts, onde Ai Weiwei abre ao público no sábado a muito aguardada exposição da sua obra. Dali, os dois artistas, mais a multidão que a eles se juntar, seguem numa caminhada de cerca de 12 quilómetros pelas ruas movimentadas da capital inglesa. Segundo o britânico The Independent, o protesto termina em Stratford.

Ao mesmo tempo que o dissidente chinês publicou a foto dos dois, Anish Kapoor, nascido em Bombaim, na Índia, em 1954, mas radicado em Londres desde o princípio da década de 1970, fez o mesmo mas com uma foto mais controversa e palavras mais duras: “Dois artistas, três dedos”.

Ainda no fim-de-semana, Kapoor publicou uma foto no Instagram numa manifestação em Londres pela recepção de mais refugiados e contra as políticas de restrição que querem impedir a entrada destas pessoas no Reino Unido. “Políticas sujas”, acusa o artista.

Os dois artistas prometem repetir a acção em várias cidades do mundo ao longo dos próximos meses.

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