Seria preciso mais cinema

Tommy Lee Jones e Hillary Swank atravessam o Oeste.

Foto

Sem ponta de surpresa, Tommy Lee colocando-se de forma silenciosa entre a violência e o burlesco. A personagem faz-se acompanhar pela de Hillary Swank numa travessia do Oeste, levando os dois na carroça um grupo de mulheres loucas.

É um par improvável, mas essa improbabilidade começa servir a rotina e torna-se ela própria rotineira – uma segura neutralidade que se conformaria ao ecrã televisivo. Depois, que não se alinhe pela facilidade que é a de cantar o suposto feminismo do filme, que irromperia por este par e por um género tradiconalista como se fosse coisa nova. Só porque Swank é uma mulher que procura cowboy para se casar? Então e a bizarra reunião entre Shirley MacLaine (freira e prostituta) e Clint Eastwood no Two Mules for Sister Sara (1970), de Don Siegel? Seria preciso mais – cinema.

Sugerir correcção
Comentar