Piratas informáticos atacaram sites ligados à Justiça no 25 de Abril

Páginas do Supremo Tribunal de Justiça e do Citius estiveram inacessíveis cerca de uma hora durante a madrugada de segunda-feira.

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Parlamento e Polícia Judiciária negam terem sido alvo de ataques informáticos. NUNO FERREIRA SANTOS

Piratas informáticos atacaram na madrugada do 25 de Abril os sites do Supremo Tribunal de Justiça e do Citius, a aplicação informática dos tribunais. As respectivas páginas estiveram inacessíveis cerca de uma hora durante a madrugada de segunda-feira, mas tanto o Supremo como o Ministério da Justiça garantem que os hackers não acederam a qualquer tipo de informação.

Os ataques foram anunciados pelo site Tugaleaks por volta da hora do almoço desta terça-feira, numa notícia que dava conta que as páginas electrónicas do Parlamento e da Polícia Judiciária também tinham estado em baixo. Contactados pelo PÚBLICO, ambas as entidades negaram terem sido alvo de ataques informáticos.

Já o Supremo Tribunal de Justiça reconheceu, através do seu assessor de imprensa, que o seu site “registou, de facto, uma ameaça informática na madrugada do dia 25 de Abril”. “Essa ameaça foi prontamente debelada pelos sistemas de defesa. Apesar de o ataque ter perturbado o acesso do público ao site do STJ, durante cerca de uma hora, não provocou quaisquer danos nem permitiu aceder a qualquer tipo de informação”, garante a instituição num email enviado ao PÚBLICO.

Por seu lado, o Ministério da Justiça confirmou que “ocorreu uma tentativa de ataque” à plataforma informática Citius e assegurou que “foram imediatamente desencadeados os sistemas de protecção da sua infraestrutura tecnológica”. Mesmo assim, o ministério reconheceu “algumas perturbações no acesso aos sites, durante cerca de um hora, na madrugada de 25 de Abril”. E acrescentou: “Em nenhum momento a informação esteve vulnerável a qualquer acesso ilícito”.

O gabinete do secretário-geral do Parlamento afirmou que a página da Assembleia da República na Internet “não esteve em baixo” e garantiu que a informação do Tugaleaks “carece de qualquer fundamento”. Fonte da Polícia Judiciária também negou a existência de um ataque.

Não é a primeira vez que os piratas informáticos escolhem o 25 de Abril para lançar ataques. Em 2014, os hackers entraram nos servidores onde estão alojados os sites do Ministério Público, apropriando-se de uma lista com contactos de mais de 2000 procuradores

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