Alibaba pode encaixar 21 mil milhões de dólares na estreia em Wall Street

Estreia na bolsa de Nova Iorque pode acontecer dentro de duas semanas, depois de um roadshow para investidores.

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O banco Goldman Sachs é um dos mais importantes no mundo da indústria financeira norte-americana Brendan MacDermid/Reuters

O grupo chinês de comércio online Alibaba poderá encaixar cerca de 21 mil milhões de dólares quando for admitido na bolsa de Nova Iorque, em princípio, dentro de duas semanas. O preço final da operação deverá variar entre os 60 e os 66 dólares por título, segundo as estimativas entretanto divulgadas.

O valor final será definido apenas depois de a companhia liderada por Jack Ma realizar um roadshow que irá arrancar na segunda-feira, 8 de Setembro, em Nova Iorque e que irá passar também por São Francisco, bem perto da base tecnológica de Silicon Valley, e Hong Kong.

Se este intervalo de preço se concretizar a companhia ficará com uma avaliação de mercado de cerca de 162 mil milhões de dólares, uma nvez que a colocação, que será feita através de títulos conhecidos como American Depository Share (ADS), corresponde a cerca de 13% das acções da Alibaba.

O grupo chinês entrará assim para o clube dos 20 mais valiosos do mercado de Nova Iorque e o terceiro mais importante na área tecnológica, apenas batido pela Google e pelo Facebook.

Com um controlo de cerca de 80% no comércio online na China, um mercado em franco crescimento, a Alibaba foi responsável, nos 12 meses terminados em Junho, por um volume de transacções de cerca de 290 mil milhões de dólares (o equivalente a mais de três vezes o valor do resgate a Portugal). O resultado líquido ascendeu a 2500 milhões de dólares.

Os analistas acreditam que o objectivo do grupo chinês vai ser conseguido. "Na situação actual, os investidores querem histórias de crescimento. Estão dispostos a pagar pelo crescimento e a Alibaba tem ainda muito por onde expandir-se", afirmou à Bloomberg o analista da Ironfire Capital, Eric Jackson.

A única sombra que paira sobre esta operação tem a ver com relações pouco claras entre a Alibaba e empresas que pertencem ao seu fundador e accionista Jack Ma. O acordo feito entre o grupo e uma companhia de pagamentos electrónicos de Ma gerou críticas entre outros accionistas.

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