Acções do BES caíram perto de 4% e da ESFG recuaram 6%

Dia de quedas no sector financeiro, que, no caso do BCP, superaram os 4%.

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Acções do BES fecharam nos 1,26 euros Paulo Ricca

O universo das empresas do grupo Espírito Santo cotadas na bolsa de Lisboa terminaram a sessão desta sexta-feira em forte queda, que no caso do BES foi de 3,72%, para 0,879 euros, depois de ter chegado a perder 5%, e de 6,04%, para 2,597 euros, na Espírito Santo Financial Group (ESFG).

Em dia negativo para o sector financeiro europeu, o PSI 20 terminou a perder 1,36%, muito acima das quedas da generalidade das congéneres europeias, que não chegaram a atingir perdas de 0,5%.

As desvalorizações no BES e na ESFG, que controla cerca de 25% do capital do banco, reflectem a instabilidade que o grupo financeiro atravessa, de que resultaram as alterações anunciadas ao nível dos órgãos sociais do banco, com destaque para a saída de Ricardo Salgado da presidência da instituição.

Com apenas duas horas de negociação, iniciada às 14h30, na sequência da suspensão das cotações das acções duas instituições, por decisão da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), até publicação de informação ao mercado, foi negociado um número anormal de títulos.

No caso do BES, foram movimentados 56,6 milhões de títulos, quando a média diária se fica pelos 20,9 milhões, e, no caso da ESFG, o movimento foi menor, ficando pelos 164 mil títulos, e a média diária é de 115 mil.

O dia foi de forte queda no BCP, que recuou 4,19%, para 0,18 euros, pela pressão decorrente da possibilidade de o banco poder vir a realizar um aumento de capital. O presidente Nuno amado reafirmou ontem que não há qualquer decisão tomada sobre essa matéria, mas essa declaração não sossegou os accionistas.

No BCP, também foi negociado um número anormal de acções, que ascendeu a 163 milhões, quando a média diária se situa em 63,3 milhões.

O BPI também encerrou em queda, desvalorizando 1,30%, para 1,60 euros.

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