PS suspeita de manipulação pelo Governo dos dados do desemprego

Socialistas enviaram pergunta ao Executivo.

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Corte da TSU destina-se a estimular o emprego Adriano Miranda

O PS afirma que tem recebido denúncias sobre a possibilidade de estar em curso uma operação do Governo para manipular os números do desemprego, tendo como base a utilização de políticas activas de emprego de curta duração.

Esta posição consta de um pergunta formal dirigida nesta quarta-feira ao ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, formulada por Miguel Laranjeiro, secretário nacional do PS para a Organização, e pelos deputados socialistas Nuno Sá e Sónia Fertuzinhos.

Segundo estes três deputados, o PS "tem vindo a receber várias denúncias que dão conta de uma operação de manipulação dos números do desemprego em Portugal pelo Governo".

"Com efeito, de acordo com tais denúncias, o Governo usa e abusa das chamadas políticas activas de emprego, designadamente da modalidade de acções de formação de muito curta duração para fazer baixar artificialmente os números do desemprego. Por outro lado, é igualmente referido que, por expressa ordem da tutela do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), os beneficiários do rendimento social de inserção (RSI) estão a ser registados através de processos manuais ao invés dos habituais registos informáticos com o objectivo de não entrarem nas estatísticas do desemprego em Portugal", apontam os três deputados do PS.

Neste contexto, Miguel Laranjeiro, Nuno Sá e Sónia Fertuzinhos pediram ao ministro Pedro Mota Soares dados muito concretos sobre "como têm evoluído as políticas activas de emprego e quantos cidadãos desempregados se encontram inscritos em acções de formação profissional".

"Quantos cidadãos desempregados se encontram a frequentar acções de formação profissional de curta duração? Os cidadãos desempregados que frequentam acções de formação de curta duração são incluídos nos números de desemprego?

É verdade que os beneficiários do RSI são registados manualmente e não são incluídos nos números do desemprego?", questionam os deputados socialistas.

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