Uma pessoa detida nas buscas da operação Monte Branco

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O caso Monte Branco tem que ver com fraude fiscal e branqueamento de capitais Andrea Comas/Reuters

Uma pessoa foi detida na sequência das recentes buscas no âmbito da operação Monte Branco, que visaram não só suspeitos de beneficiarem de fundos, mas também de “mera intervenção” na circulação do dinheiro, segundo um comunicado.

Em causa nesta investigação está a eventual prática de crimes de fraude fiscal qualificada e de branqueamento de capitais.

Sem revelar a identificação, o comunicado do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) adianta apenas que a pessoa detida foi presente a primeiro interrogatório judicial, tendo ficado em prisão domiciliária.

Segundo o comunicado, o DCIAP, juntamente com a PSP e a Inspecção Tributária, realizou entre terça e quinta-feira 21 mandados de busca envolvendo pessoas e sociedade “conexas com a actividade de construção civil, compra e venda de imóveis e de consultoria na área financeira”.

“As pessoas e sociedades visadas no referido conjunto de diligências não eram apenas as suspeitas de serem as beneficiárias dos fundos, mas também algumas apenas suspeitas de terem tido mera intervenção na sua circulação, sem que o simples facto de terem sido visadas pelas diligências de busca signifique a sua responsabilização no futuro”, refere a nota.

Estas buscas foram desenvolvidas no âmbito da operação Monte Branco, estando em causa um conjunto de movimentos financeiros, ocorridos entre 2006 e 2012, realizados no quadro de um esquema de ocultação da origem dos fundos e da sua conversão em numerário, abrangendo montantes, na sua totalidade, superiores a 30 milhões de euros.

Entre os visados nestas buscas estão o ex-ministro das Finanças Medina Carreira e, segundo a imprensa, o ex-presidente do Sport Lisboa e Benfica Manuel Vilarinho.
 

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