Revisão das estatísticas mensais do desemprego “não pode ser um drama”

Presidente do INE alerta que revisão “é o preço a pagar por termos informação em cima da hora”.

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Gonçalo Santos

A presidente do Instituto Nacional de Estatística (INE), Alda Carvalho, desvalorizou as revisões que o instituto tem feito nas suas estatísticas mensais do emprego, alertando que é um processo normal e “o preço a pagar por termos informação” mais actual.

A responsável falava durante uma audição na comissão parlamentar de Segurança Social e Trabalho, pedida pelos deputados do PSD e do CDS/PP, para clarificar a metodologia usada pelo INE nas estatísticas mensais, que começaram a ser divulgadas em Novembro.

Alda Carvalho argumentou que revisões que rondam 0,4 pontos percentuais numa taxa de desemprego de dois dígitos “não pode ser um drama”.

Quando divulgou a taxa de desemprego de Dezembro, o INE reviu em baixa, de 13,9% para 13,5%, a taxa de desemprego apurada para o mês de Novembro. Segundo a presidente do INE, a metodologia usada para apurar as taxas de desemprego mensais “tem implícita a possibilidade de revisão”.

O PS questionou ainda Alda Carvalho sobre as razões que levaram a que o INE tivesse deixado de usar os números do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) nas suas estatísticas. A responsável adiantou que “a informação do IEFP tem conceitos administrativos que não são os mesmos, que não colam com os conceitos que usa o INE”.

Sónia Torres, responsável pelo departamento do INE que faz o inquérito ao emprego, acrescentou que desde 2006/2007  “o desemprego registado [do IEFP] passou a ter variações muito diferentes o que nos levou a descartar essa informação”.

Alda Carvalho reconheceu que o INE enfrenta um problema de recursos humanos, principalmente desde 2009, quando o instituto passou a reger-se pelas regras aplicadas à generalidade dos funcionários públicos.

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