Ministério Público pede indemnização mínima de dez milhões a Jardim Gonçalves

Jardim Gonçalves, Filipe Pinhal, António Rodrigues e Christopher de Beck, ex-responsáveis do BCP, são acusados de manipulação de mercado.

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A extinção de processo só afecta o referente a Jorge Jardim Gonçalves Pedro Cunha/Arquivo

O Ministério Público pediu nesta terça-feira penas suspensas para todos os arguidos do caso BCP e uma indemnização não inferior a dez milhões de euros para Jardim Gonçalves, ex-presidente do banco, avançou a SIC Notícias.

As indemnizações exigidas aos restantes administradores do banco, Filipe Pinhal, Christopher de Beck e António Rodrigues, não devem ser inferiores a três milhões de euros, revelou o canal de informação.

O Ministério Público, que esta terça-feira apresentou as alegações finais no caso BCP, defendeu que os arguidos “agiram de forma concertada” no crime de manipulação do mercado, veiculando informação falsa sobre a liquidez, os resultados e diversos indicadores da instituição financeira de modo a sobrevalorizar acções e a ocultar perdas através de sociedades offshore.

O advogado de Jardim Gonçalves, que falou aos jornalistas à margem da sessão, reiterou a sua convicção na “inocência” do seu constituinte e dos demais arguidos. Citado pela Lusa, Magalhães e Silva frisou que a divergência entre a defesa e o Ministério Público não se prende com os factos, mas sim com “a interpretação dos factos”.

Depois das alegações finais do Ministério Público, caberá a vez aos advogados de Jorge Jardim Gonçalves, Filipe Pinhal, António Rodrigues e Christopher de Beck fazerem a defesa final dos seus constituintes, por esta ordem, em sessões que se prolongarão até quinta-feira, dia 12 de Setembro, ao ritmo de duas por dia.
 

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