O banco Goldman Sachs afastou quatro trabalhadores da área informática, dias depois de um problema técnico influenciar, durante alguns minutos, as ordens de compra e venda de acções na sessão bolsista de 20 de Agosto, avança o Financial Times.

O erro informático, que está a ser analisado pelas plataformas que gerem as várias bolsas nos Estados Unidos, poderá custar ao banco norte-americano até 100 milhões de dólares (cerca de 74,6 milhões de euros).

O problema deveu-se a uma imprecisão no sistema que ajusta as acções à procura. A variação anormal de preços que se verificou nos primeiros minutos da sessão bolsista de terça-feira da semana passada teve origem no sistema informático que determina as opções de preço e as indicações de interesse para as transacções realizadas nas várias plataformas bolsistas.

As acções foram enviadas como ordens válidas e algumas delas foram executadas na sessão bolsista. O erro ocorreu nos primeiros 17 minutos da sessão, afectando ordens de compra na NYSE Euronext (grupo que, na Europa, gere várias plataformas bolsistas, entre elas a da praça de Lisboa), na Nasdaq OMX e na CBOE Holdings.

As plataformas receberam indicações técnicas erradas sobre várias cotadas, entre elas o banco JPMorgan Chase & Co, a Johnson & Johnson e a Kellogg Co. No caso da NYSE Euronext, escreve o Financial Times, foram cancelados 80% dos contratos em que foi identificado m erro de transacção.

A SEC, a comissão de valores mobiliários norte-americana, está a analisar o problema técnico da Goldman Sachs, que entretanto colocou os quatro trabalhadores em regime de licença sem vencimento, segundo o mesmo jornal.

A instituição financeira, que ainda não revelou o montante das perdas que terá de assumir com o cancelamento de contratos, apenas declarou que o caso não deverá traduzir-se em “perdas potenciais significativas” para o banco.