Segundo o Financial Times, o problema técnico deveu-se a um erro no sistema que estabelece as opções de preço e as indicações de interesse para as transacções que são realizadas nas várias plataformas bolsistas, entre elas a NYSE Euronext (grupo que detém também a gestão da praça lisboeta), a Nasdaq OMX e a CBOE Holdings.

Nos primeiros 17 minutos após a abertura do mercado nos Estados Unidos, as plataformas receberam indicações erradas de cotadas onde se incluíam, segundo a Reuters, o banco JPMorgan Chase & Co, a Johnson & Johnson e a Kellogg Co. A meio da manhã, a NYSE Euronext divulgou um alerta ao mercado onde dizia estar a rever as transacções relativas aos primeiros minutos de negociação.

Em comunicado, o banco norte-americano garantiu que o problema não se deverá traduzir em “perdas potenciais significativas” para a instituição; segundo o Financial Times, o erro poderá ter um impacto na ordem dos 100 milhões de dólares (cerca de 74,6 milhões de euros). Mas a dimensão das perdas depende das transacções que vierem a ser canceladas, ressalva a agência financeira Bloomberg.

A NYSE Euronext adiantou, numa notificação ao mercado, estar a analisar um “grande número de transacções erradas”, que deverão ser revistas até cerca das 9h30 desta quarta-feira de Nova Iorque (14h30 em Portugal Continental). As outras duas operadoras estão também a rever as transacções realizadas nos primeiros minutos da sessão.

A conta ao número de operações afectadas ainda não está feita. Mas, no “mundo financeiro”, basta um problema técnico para que ele signifique “um erro de um milhão de dólares”, comentou à Bloomberg Chip Hendon, gestor de fundos do Huntington Asset Management.