O Credit Suisse revelou esta terça-feira um prejuízo de 302 milhões de francos suíços, cerca de 273 milhões de euros, no primeiro trimestre de 2016. Este resultado compara com lucros de 1400 milhões de francos (949 milhões de euros) registados em período homólogo do ano passado.

Ainda assim, os prejuízos revelados, os primeiros desde 2008, ficaram abaixo das estimativas de nove analistas contactados pela Reuters, que apontavam para um valor negativo médio de 424 milhões de francos.

O banco helvético, que está em processo de reestruturação, revelou que nos três primeiros meses do ano já realizou mais de metade dos 1400 milhões de francos (1265 milhões de euros) de redução de custos que tinha previsto para este ano. Nesse âmbito, a instituição revelou que já reduziu mais de metade dos 6000 postos de trabalho que que pretende eliminar.

"Estamos convencidos de que vamos alcançar e até superar a meta de redução dos custos brutos ", declarou o banco em comunicado. Essa meta aponta para custos de 1700 milhões de francos suíços (1537 milhões de euros).

O presidente do banco, Tidjane Thiam, destaca que a instituição esteve concentrada na concretização da estratégia definida e que contém três prioridades claras. São elas a redução de custos e de pessoal, o crescimento na rentabilidade na gestão de patrimónios e a manutenção de uma forte posição de capital.

Os prejuízos abaixo do esperado e os resultados conseguidos no corte de custos foram bem recebidos pelas bolsas europeias, que seguem a negociar em alta.

Antes de impostos, os resultados foram de 484 milhões de francos suíços (437 milhões de euros), contra 1500 milhões de francos (1.356 milhões de euros) nos primeiros três meses do ano passado.

A captação de capital novo líquido subiu para 10.500 milhões de francos (9.493 milhões de euros), uma queda de 29,5% num ano.