Centros de emprego registaram menos 845 inscrições de desempregados em Julho

Face a 2014, número de novos desempregados recuou 1,5%. Contudo, cresceu nas regiões do Alentejo e Lisboa e face ao mês de Junho.

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Novos inscritos recuaram em Julho face ao ano passado, mas cresceram face a Junho Fernando Veludo/NFactos

As novas inscrições de desempregados nos serviços do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) diminuíram 1,5% em Julho em comparação com o mesmo mês do ano passado, atingindo um total de 56.697, ou seja, menos 845 do que em 2014. Os dados acompanham a tendência de descida homóloga anual do número total de desempregados registados nos centros de emprego que, em Julho, recuou 12,9% em relação a 2014, atingindo agora 532.698.

Apesar desta redução nas inscrições nos centros de emprego em relação ao ano passado, face ao mês anterior o valor cresceu 5,7%. Julho é um dos meses em que há mais sazonalidade laboral, contudo, em relação a Junho (quando houve 53.650 novos inscritos, mais 11%do que em Maio) mais de três mil pessoas registaram-se nos serviços do IEFP à procura de trabalho.

A comparação anual evidencia uma tendência positiva no número de novos desempregados, mas acaba por não reflectir a realidade verificada em todas as regiões do país. É o caso da zona de Lisboa e Vale do Tejo, onde se registaram 0,9% de novos inscritos, e do Alentejo onde mais 1,7% de pessoas se deslocaram aos centros de emprego. O instituto refere ainda que comparando com Junho, “os acréscimos mais acentuados das inscrições de desempregados registaram-se no Alentejo (mais 19%) e na Região Autónoma da Madeira (mais 16,8%).<_o3a_p>

Os novos desempregados mantêm como principal motivo de inscrição “o fim do trabalho não permanente”, resposta dada por 41,1% do total de inscritos. “O motivo ‘despedido’ ocupa a segunda posição (9,8%), enquanto a categoria ‘ex-estudantes’ surge em terceiro lugar (11,7%)”, indica o IEFP.<_o3a_p>

No final de Julho, as ofertas de emprego por preencher diminuíram 7,2% em comparação com o ano passado e são agora pouco mais de 20.600. O número global de ofertas sem trabalhadores colocados também recuou face a Junho (menos 2,7%). Quanto às novas oportunidades que deram entrada nos centros do IEFP, aumentaram 9,3% em relação a 2014, mas caíram 5% comparando com Junho. No total, foram 15.365.<_o3a_p>

As actividades económicas com maior expressão nas ofertas de trabalho que surgiram em Julho são o imobiliário, serviços administrativos e serviços de apoio (15,7%), comércio por grosso e a retalho (13,9%), alojamento e restauração (12%), administração pública, educação, actividades de saúde e apoio social (8,5%).<_o3a_p>

No mês em análise, os centros de emprego colocaram pouco mais de dez mil desempregados no mercado de trabalho, um número 14,5% superior ao de Julho de 2014 mas menor em relação a Junho (menos 8,7%). Houve uma maior concentração de colocações no grupo de trabalhadores não qualificados (24%) e nos “trabalhadores dos serviços pessoais, de protecção e segurança e vendedores (22,2%)”, indica o IEFP.<_o3a_p>

Quanto ao desemprego - que recuou quer em comparação homóloga anual, quer mensal em todas as regiões com excepção da Madeira - conclui-se que os desempregados inscritos há menos de um ano diminuíram 12,6% em relação a Julho de 2014 e os de longa duração, ou seja, inscritos há um ou mais anos) desceram 13,2%. Foi no Algarve que o desemprego caiu mais (menos 18,7%), tendência que pode ser explicada pelo reforço das contratações temporárias na época mais importante pata o turismo na região. Em termos nacionais, o desemprego caiu mais entre os trabalhadores com o primeiro ciclo do ensino básico.

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