Apple chega a acordo para vender iPhones através da China Mobile

A companhia norte-americana consegue, após uma longa negociação, entrar na maior operadora chinesa

Foto
Negociações do acordo foram longas

A Apple e a China Mobile chegaram, finalmente, a um acordo que abrirá as portas à comercialização dos smartphones da marca norte-americana na maior operadora de telecomunicações da China.

O entendimento conseguido, que foi avançado pelo The Wall Street Journal (WSJ) mas não obteve confirmação oficial das duas empresas, põe termo a vários anos de negociações em que a Apple exigia da China Mobile um maior investimento na sua rede 3G - considerada pouco confiável pelos técnicos de Cupertino - e a companhia chinesa recusava as exigências da empresa fundada por Steve Jobs em relação a valores garantidos de vendas.

Aparentemente, essas diferenças de entendimento foram ultrapassadas e, agora, a Apple vai poder colocar os seus produtos nas prateleiras da maior operadora chinesa de telecomunicações, que tem uma base de 700 milhões de clientes e opera no mercado que apresenta maior potencial de crescimento a nível mundial.

A base de clientes da China Mobile, segundo o WSJ, é sete vezes superiôr à da Verizon Horizon, a maior operadora dos Estados Unidos, e através da sua rede a Apple deverá conseguir vendas de 20 milhões de telemóveis inteligentes por ano - o que representa cerca de 17% do total de aparelhos que a empresa vendeu no ano fiscal terminado no final de Setembro passado.

O governo chinês, embora indirectamente, terá aberto portas para que o entendimento se tornasse mais fácil. Nesta quarta-feira, o ministro chinês da Indústria e da Tecnologia anunciou ter concedido licenças à China Mobile e aos seus rivais para operarem em redes de maior velocidade e desempenho, algo que era um dos escolhos nas negociações entre a Apple e a operadora chinesa.

Na área dos smartphones, a Apple dispõe, actualmente, de uma quota de mercado na China que se fica pelos 6%, o que compara com os 21% da sua rival Samsung. A nível mundial, no terceiro trimestre, a fatia detida pela sul-coreana manteve-se nos 32,1% que detinha no período homólogo e a da Apple caiu de 14,3% para 12,1%.

Com o mercado norte-americano e europeu sem grandes margens para expansão, este acordo pode dar à Apple uma nova base de crescimento noi mercado mais dinâmico do mundo.

 

 
 
 

Sugerir correcção
Comentar