Fora da passerelle lisboeta por “compromissos comerciais”, Nuno Baltazar vai ao Porto, oito anos depois, apresentar uma colecção em nome próprio. “Tenho loja e estrutura no Porto. As minhas clientes já reclamavam a minha presença há muito tempo. É uma coincidência apresentar a colecção no Portugal Fashion e na ModaLisboa não”, explica ao PÚBLICO, sem pôr de parte um futuro regresso à ModaLisboa, sítio onde “nasceu e cresceu”, mas frisando que os motivos que o levam a cada um dos eventos são muito diferentes.

O criador, que atrai muito público aos seus desfiles, acredita que a moda de autor está a “ganhar protagonismo” no Portugal Fashion. O que é bom, salienta, principalmente pelo “óptimo investimento que têm feito através do espaço Bloom”, lembrando que essa plataforma é também uma das responsáveis pelo crescimento do número de criadores em nome próprio que se apresenta no Portugal Fashion.

Outra das novidades da 35.ª edição do Portugal Fashion é a descentralização do local dos desfiles. “Além do centro nevrálgico, que continua a ser a Alfândega do Porto, há desfiles marcados para o Palácio dos Correios, para o Conservatório de Música do Porto e para o Mosteiro de São Bento da Vitória”, disse a Associação Nacional de Jovens Empresários, citada pela Lusa, que organiza o evento.

O tema é Sprinkle – baseado na “pulverização de toda a cidade com um movimento de moda, criatividade e design” –, mas o calendário oficial ainda não foi apresentado. “Ainda estamos a limar arestas em termos de line-up”, explicou Rafael Rocha ao PÚBLICO, o director de comunicação do Portugal Fashion. O evento, que faz a ponte entre a criação de autor e a indústria, começa dia 22 em Lisboa e ruma ao Porto dia 23.