Francisco Camacho estreia nova peça na mostra de dança contemporânea de Viseu

E pur si muove é o título da nova criação do coreógrafo, que sobe ao palco do Teatro Viriato no dia 21 de Novembro.

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Francisco Camacho é o criador da peça E pur si muove. Daniel Rocha

Coreógrafos nacionais mostram entre os dias 19 e 22 de Novembro, em Viseu, cinco das mais recentes criações de dança contemporânea no festival New Age, New Time.

"Apesar de ser a terceira edição, é um festival que está a dar os primeiros passos", afirmou o director do Teatro Viriato, Paulo Ribeiro, em conferência de imprensa.

Segundo Paulo Ribeiro, trata-se de um festival ambicioso, que "pretende mostrar em primeira mão o que de melhor se está a fazer" em Portugal ao nível da dança contemporânea e atrair "programadores e directores de teatro de outros países" para assistirem às estreias.

Este ano, das cinco criações que integram a mostra, apenas uma é em estreia: E pur si muove, com coreografia e interpretação de Francisco Camacho. O solo, que subirá ao palco do Viriato no dia 21, desenha "novas linhas de investigação artística", tendo para tal contribuído residências realizadas pelo coreógrafo na Europa, na América e em África.

Paulo Ribeiro explicou que Francisco Camacho "pertence à chamada nova dança portuguesa, que começou em 1990". "É um excelente intérprete. É uma incógnita muito grande a peça que ele vai trazer", acrescentou, considerando que neste tipo de festival "o mais interessante é a descoberta".

Na opinião do director do Teatro Viriato, o ideal seria fazer o New Age, New Time só com estreias, de forma a conseguir chamar "os programadores de fora" e criar "um momento alto da vida da cidade". "Vamos fazendo, em função dos objectivos do festival, com o que está disponível no mercado. E o que está disponível no mercado, sem perder coerência, são estas cinco peças, que serão uma belíssima descoberta para a cidade", afirmou.

O festival começa no dia 19 com a apresentação de Play False, uma "viagem pela condição humana" proposta por António Cabrita e São Castro. No dia seguinte, sobem a palco Something Still Uncaptured, de Maria Ramos, e Abstand, de Luís Marrafa, e, no dia 22, Landing, de Né Barros.

Paulo Ribeiro sublinhou que o festival New Age, New Time tem vindo "a desenvolver o público para a dança contemporânea" na cidade de Viseu, sendo intenção do Teatro Viriato que ele se venha a tornar "cada vez maior".

 
Notícia corrigida às 16h55: foi substituída a fotografia - a que anteriormente fora publicada, por engano, dizia respeito ao jornalista e escritor com o mesmo nome.
 

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