Casa arrumada

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Cabides “The Dots”, design de Lars Tornoe para Muuto. Madeira de Freixo ou em Carvalho. Cores e tamanhos variados. À venda n´Alinha da vizinha
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O suporte para chapéus “115”, desenhado por Alvar Aalto para a Artek, em madeira de bétula e base em latão
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Bolsas “Pocket Organizer” design: Simon Legald para Normann-copenhagen. em polipropileno . À venda n´A linha da vizinha
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Bengaleiro Ikea PS 2014. Madeira de bétula e Mdf
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Calha Ikea PS 2014. Madeira de bétula, espelho e painel magnético
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Espelho “Strap”, da Hay. Espelho, metal e correia em silicone. À venda n´A linha da vizinha
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Cestos “Basket”, design: Mika Tolvanen para Muuto Cestos em feltro polimerizado, pré-moldado. À venda n´A linha da vizinha

A improvisação no espaço doméstico resulta numa informalidade cada vez mais expressiva, seja pela adaptação forçada à falta de espaço, ao tempo que escasseia para deixar tudo em ordem, ou ainda a uma atitude descomprometida mais assumida. À rigidez da fixação do mobiliário vêm-se sobrepor elementos que permitem a mudança contínua da parafernália dos objetos que circulam pelas nossas casas.  O lugar das coisas não é fixo, fechado, num ponto único. 
Sítios de passagem — como o hall de entrada, em que não há uma fixação das chamadas vivências domésticas, como o estar, o dormir, o comer —, são aparentemente desprovidos de função. E é nestes lugares que há uma maior permissão para a informalidade. 
A pensar nesta flexibilidade, Lars Tornøe concebeu os cabides “The dots”, autênticos pontos fixados à parede, em que as várias cores e tamanhos permitem livres composições. “Strap”, o espelho da marca dinamarquesa Hay, formaliza numa alça de silicone o conceito de pendurar e uma consequente mobilidade, associada também à imagem sempre diferente que um espelho proporciona. Uma calha, em que se adicionam vários componentes, capaz de se adaptar às várias áreas da casa, é todo um conceito que a Ikea desenvolve desde sempre. Desta vez, a proposta da Ikea PS 2014 vem sob a forma de madeira — numa régua sobre a qual deslizam pequenos cilindros pintados de várias  cores.
Também de livres combinações são os “Pocket Organizer” desenhados por Simon Legald para a Normann-copenhagen. Estes bolsos individuais, produzidos em polipropileno e com fixação invisível à parede, permitem até a contenção de liquídos. São facilmente destacados e lavados. 
A alusão à tipologia formal da árvore é um tema recorrente associado à necessidade de pendurar. O cabide/bengaleiro Ikea PS 2014 usa mesmo a madeira em cor natural na construção dos diferentes ramos que se desenvolvem à volta de um eixo/tronco. 
Associado à entrada de casa, o suporte para guarda-chuvas é um clássico de todos os tempos e este é mesmo um deles: o “115”, desenhado por Alvar Aalto para a Artek, em madeira de bétula e base em latão.
De um lado para o outro podem ir os cestos em feltro “Basket” desenhados por Mika Tolvanen para Muuto., ocupando um pequeno espaço de chão em qualquer divisão.
Também sem necessidade de se fixar, e simplesmente pousada, é a estante para livros “Ptolomeu”, desenhada por Bruno Rainaldi para a Opinion Ciatti. O conceito da pilha de livros é levado à letra, e a estrutura desaparece no meio das lombadas.
Pendurar, colocar coisas em suportes abertos, é deixar  visível e acessível aquilo que mais precisamos. É a comunicação na sua forma mais imediata, e por isso pode ser tão expressiva e livre.

Contactos: A linha da vizinha (Av. Conselheiro Fernando de Sousa 27 A, em Lisboa, telf. +351 213 825 350/55 e Edifício Bristol, Av. da Boavista, 164, Porto, telf.+351 226 008 716); Paris-Sete (Largo Vitorino Damásio 2 A/B, Lisboa, telf. +351 213 933 170); Ikea (Alfragide, Loures e Matosinhos)

 

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