A primeira Feira de Arte e Antiguidades abre hoje em Lisboa

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A Feira sucede à Bienal de Arte e Antiguidades (na imagem) Helder Olino

A I Feira de Arte e Antiguidades abre esta sexta-feira na Cordoaria Nacional, em Lisboa, com a participação de 29 expositores, esperando a organização receber 15 mil visitantes.

A Feira, que sucede à Bienal de Arte e Antiguidades que se realizou pela última vez o ano passado, é organizada pela Associação Portuguesa de Antiquários (APA) e, em destaque, estão duas peças indianas e “um valioso painel de azulejos policromados de origem portuguesa, do século XVII, com uma dimensão de 140x100cm, intitulado ‘Milagre de Santo António’”, disse à Lusa fonte da organização.

Quanto às peças indianas, uma delas é um conjunto escultórico em pedra do século X, do Rajastão, com a altura de 124cm, representando Vishnu e Lakshmi, em postura amorosa, e a outra é um cofre de tartaruga “loura” dos século XVI/XVII, da região de Guzarate, com cerca de 20 centímetros de comprimento.

Manuel Murteira, presidente da APA, disse à Lusa que “o novo modelo não põe em causa as exigências de qualidade que qualificaram a bienal, continuando o comité de peritos a ter a possibilidade de vetar peças, caso não estejam conforme o rigor exigido”.

Murteira salientou ainda que este é “o mais importante certame do sector que se realiza em Portugal, e o único a ser reconhecido e incluído no roteiro internacional das feiras de antiguidades e arte contemporânea”.

A “elevada qualidade, quer a nível das peças expostas, quer da sua concepção, promoção e divulgação” contribuem para a Feira passar a integrar o circuito internacional.

Na área da Arte Contemporânea, destaca-se “uma obra emblemática de Julião Sarmento, intítulada ‘Woman, Plant, Stone Grey and Cream’ de 101x70,2 cm”, disse a mesma fonte que referiu tratar-se de um esmalte aquoso, colagem e grafite sobre papel, datado de 2008-09.

Outro quadro em destaque é de Álvaro Lapa, “A Tomada da Bastilha”, de 112x137. “Esta é uma obra de extraordinário valor cultural e patrimonial. Foi criada em 1989 pelo reputado artista plástico que recorreu a uma mistura de esmalte acrílico, pregos, madeira e platex. Este quadro já foi capa do catálogo da importante exposição ‘Kunst & Borger’, na Dinamarca, na retrospectiva do CAM/Fundação Gulbenkian e na Fundação de Serralves, em 1994”, acrescentou.

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