Carlos Vargas é o novo administrador do D. Maria II

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TNDMII tem agora uma nova equipa de trabalho Fábio Teixeira

Depois da demissão de Maria João Brilhante em "solidariedade" com Diogo Infante

Carlos Vargas, antigo administrador do Organismo de Produção Artística (OPART), foi o nome anunciado esta terça-feira pela secretaria de Estado da Cultura (SEC) para a administração do Teatro Nacional D. Maria II (TNDMII).

O anúncio do novo administrador acontece uma semana depois da demissão do conselho de administração (CA) do TNDMII, em "solidariedade" com Diogo Infante, até então director artístico do teatro,  e afastado do D.Maria depois de ter anunciado a suspensão da programação daquele teatro para 2012 por falta de meios financeiros.

No documento entregue à SEC, assinado pela presidente da administração cessante, Maria João Brilhante, e pela administradora Mónica Almeida, o CA mostrou-se disponível para se manter em gestão corrente até ao dia 30 de Novembro.

Carlos Vargas, que integrou a direcção do São Carlos e da Companhia Nacional de Bailado (CNB), integrará posteriormente, em representação do TNDMII, o conjunto de administradores do Agrupamento Complementar de Empresas (ACE) que integrará também o São Carlos, o Teatro Nacional de São João, CNB e a Cinemateca, tal como anunciado no âmbito do PREMAC, anunciou ainda o gabinete de Francisco José Viegas.

O agora administrador do TNDMII, de 45 anos, é doutorando em ciência política com especialidade de políticas públicas pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e licenciado em línguas e literaturas clássicas, pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa.

Na sua passagem pela gestão da CNB, Carlos Vargas foi acusado, assim como Ana Pereira Caldas, de irregularidades financeiras no valor de 3,2 milhões de euros. O Tribunal de Contas (TC) indicou deficiências na escrituração e a não inclusão de todos os recebimentos e pagamentos da resposabilidade dos dirigentes da CNB, assim como despesas e pagamentos ilegais, como a celebração de contratos individuais de trabalho que não foram autorizados e a atribuição de telemóveis.

As irregularidades foram detectadas pelo TC na auditoria que realizou em 2006 às contas de 2004 daquela companhia de dança. Na sequência desta auditoria, o Ministério Público propôs uma acção de responsabilidade financeira, acabando Vargas por pagar 23500 euros ao Estado.

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