Metade das gravuras atribuídas a Rembrandt afinal não é sua

Conservadores do Rijksmuseum concluíram que algumas das gravuras atribuídas a Rembrandt foram produzidas depois da sua morte.

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Rembrandt ficou conhecido pelos seus retratos e pela mestria na técnica da gravura Enric Vives-Rubio

Um estudo realizado por Erik Hinterding e Jaco Rutgers, conservadores do museu Rijksmuseum de Amsterdão, revelou que metade das 18 mil cópias de gravuras de Rembrandt existentes por todo o mundo será falsa.

Segundo Hinterding e Rutgers, as gravuras em causa estão num tipo de papel e tinta mais modernos do que os utilizados pelo pintor holandês. Como consequência desta descoberta, resultado de um escrutínio sobre a técnica que o pintor holandês ajudou a aperfeiçoar, as obras autênticas de Rembrandt poderão agora ganhar valor, disseram ao jornal El País.

Hinterding constatou que as cópias em causa "são reproduções de má qualidade com desenhos vindos de pranchas desgastadas” - pranchas de cobre gravadas pelo próprio Rembrandt, mas depois reproduzidas no século XVIII por "mãos mercenárias", indicam os peritos.

O estudo feito por Erik Hinterding e Jaco Rutgers junta-se ao Projecto Rembrandt, que tem analisado a autoria das obras do pintor holandês nos últimos 40 anos - as suas conclusões, numa altura em que há ainda 80 obras por analisar, são até agora de que há 240 Rembrandts autênticos e que 162 até aqui atribuídas ao autor serão cópias.  O Rijksmuseum está em obras desde Dezembro de 2003 e a sua reabertura total está prevista para o primeiro semestre de 2013
 

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