Zahi Hawass volta ao cargo de ministro das Antiguidades do Egipto

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O arqueólogo e egiptólogo Zahi Hawass foi nomeado ministro das Antiguidades do Egipto, cargo do qual se havia demito Pedro Cunha / PÚBLICO

Hawass foi líder do Conselho Superior de Antiguidades do Egipto durante mais de dez anos e ainda no regime do deposto Hosni Mubarak foi eleito ministro das Antiguidades, cargo a que ascendeu pouco tempo antes dos protestos que levaram à saída do antigo chefe de Estado.

Após os protestos contra o regime do ex-presidente Mubarak terem despoletado uma onda de roubos e a destruição de obras de arte egípcias, incluindo obras do Museu Egípcio do Cairo, o arqueólogo e egiptólogo anunciou a demissão do cargo de ministro no dia 3 do mês de Março.

“Depois da queda de Mubarak, os roubos têm aumentado em todo o país, e as nossas antiguidades estão em grave perigo. Os criminosos estão a aproveitar-se da situação actual”, foram algumas das palavras que na altura Zahi Hawass escreveu no seu blogue justificando a renúncia ao cargo como decisão mais acertada.

Na altura da sua tomada de decisão Hawass confessou também ao norte-americano “The New York Times", sentir-se incapaz para continuar a proteger as antiguidades do país. O aumento descontrolado dos roubos que tiveram inicio nas manifestações contra o regime e que se perpetuaram após a deposição de Mubarak estiveram assim na base da decisão do agora reeleito ministro das Antiguidades do Egipto.

Com 63 anos Hawass tem sido um marco na defesa e protecção do património arqueológico egípcio contudo, para muitos egípcios, a sua ligação ao regime de Mubarak revela-o como um ícone de todas as coisas detestáveis.

Segundo anunciou a agência Reuters, um funcionário do ramo das antiguidades revelou a semana passada que 800 objectos roubados por assaltantes armados num armazém do leste do Cairo ainda se encontram desaparecidas.

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