Metro de Lisboa vai voltar a parar a 13 de Novembro

Fusão da gestão com Carris e Transtejo leva sindicato a convocar nova paralisação.

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Maior subida foi protagonizada pela Metro de Lisboa Joana Freitas

O metro de Lisboa vai voltar a parar a 13 de Novembro, numa greve de 24 horas convocada pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) contra as concessões a privados. Será a terceira paralisação total no espaço de três meses.

Os protestos foram decididos nesta quarta-feira, num plenário realizado na empresa, que coincidiu com a publicação de um decreto-lei, em Diário da República, que formaliza a administração conjunta da Metro de Lisboa, da Carris e da Transtejo.

Este passo acontece depois de o Governo ter decidido avançar com a fusão das três empresas, que serão concessionadas a privados, como previsto no plano de reestruturação do sector dos transportes apresentado à troika em Novembro de 2011.

É precisamente este processo que é contestado pelos representantes dos trabalhadores, que viram na publicação deste decreto-lei a prova de que “o Governo tudo fará para, enquanto se mantiver em funções, concretizar o seu plano de destruição de um serviço público de qualidade e da sua transformação num instrumento dos negócios dos grupos económicos e financeiros”, refere um comunicado divulgado pela Fectrans.

Neste momento, está em curso o processo de concessão dos transportes no Porto, mais concretamente da Metro do Porto e da STCP. Nos dois casos, os presidentes das câmaras do Porto e Lisboa manifestaram vontade de as autarquias assumirem a gestão das empresas. O executivo tem respondido que esse objectivo só será concretizado caso as suas propostas superem as dos investidores privados.

A greve de 13 de Novembro na Metro de Lisboa será a terceira no período de três meses, depois de os trabalhadores terem parado a 25 de Setembro e a 21 de Outubro. Os protestos têm levado ao encerramento total das estações, o que tem levado a Carris, com a qual a Metro de Lisboa se fundiu operacionalmente em 2012, a reforçar a operação.

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