BES encerra a perder 7,6% e coloca bolsa em terreno negativo

Pedido de protecção de credores por parte da ESFG agrava perdas do banco.

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Depois de dois dias a subir, BES volta às quedas.

As acções do Banco Espírito Santo (BES) fecharam a sessão desta sexta-feira a cair 7,6%, uma queda explicada pelo pedido de protecção de credores da Espírito Santo Financial Group (ESFG), que pode agravar as perdas para a assumir pelo banco.

O pedido de gestão controlada da ESFG, que detém 20,1% do BES, impede o banco de ter accionar, no imediato, a garantia de 700 milhões de euros que a holding do Grupo Espírito Santo constituiu para fazer face ao incumprimento de papel comercial subscrito por clientes particulares do banco.

As declarações do presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Carlos Tavares, feitas esta quinta-feira no Parlamento, de que há outros indícios de crime e “há informação relevante” sobre o BES que ainda não se conhece, também estão a contribuir para o regresso às quedas.

Na primeira sessão após o anúncio da terceira holding do grupo Espírito Santo a pedir gestão controlada, as acções do BES chegaram a perder mais de 10%, mas com um volume negociado menor do que nas sessões anteriores, num total de 64,7 milhões de títulos.

A queda do BES voltou a arrastar os restantes títulos da banca para terreno negativo, à excepção do Banif, que ganhou 3,3%.

No BCP, que tem registado forte valorização, os investidores aproveitaram para realizar mais-valias, colocando o título a cair 2,63%. O BPI perdeu 0,46%.

 O principal índice da bolsa de Lisboa, que abriu a subir, encerrou a perder 0,28 %.

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