Receios sobre crescimento afundam acções do Netflix

Serviço de vídeo tinha 77,7 milhões de utilizadores pagantes no primeiro trimestre.

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O presidente do Netflix, Reed Hastings Robert Galbraith/Reuters

Concluir uma expansão internacional para quase todo o mundo e criar séries que se tornaram referências culturais não é suficiente para os investidores. A cotação do Netflix afundou depois de a empresa ter apresentado resultados melhores do que as suas próprias previsões, mas aquém do que os analistas de mercado esperavam. As estimativas de crescimento apresentadas pela companhia também não animaram Wall Street.

As acções da empresa norte-americana desvalorizavam cerca de 11% ao final da tarde desta terça-feira, para valores em torno dos 96 dólares. A tendência era de subida desde o início de Fevereiro, quando a cotação começou a recuperar de dois meses de quedas. A 4 de Dezembro, o preço das acções tinha atingido um pico de quase 131 dólares.

A empresa teve um arranque sólido em 2016. As receitas no primeiro trimestre totalizaram 1813 milhões de dólares, mais 413 milhoes do que no mesmo período de 2015. O número de assinantes também cresceu: eram 77,7 milhões de utilizadores pagantes, ligeiramente acima dos 77,2 que a empresa tinha antecipado. Para o próximo trimestre, a empresa apontou para um abrandamento do ritmo de crescimento, com previsões de 80,7 milhões de clientes. 

O mercado dos EUA continua a ser mais importante para as contas do Netflix do que todo o resto do mundo, onde a empresa tem de lidar com uma multiplicidade de acordos de licenciamento, de línguas e de sensibilidades culturais. Mas o ritmo de crescimento nos EUA é já reduzido, com o número de utilizadores pagantes a crescer 5% no primeiro trimestre face aos três meses anteriores. Fora daquele mercado, a subida foi de 17%. 

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