O serviço premium do Twitter pode passar pela rentabilização do Tweetdeck

O inquérito que alguns utilizadores receberamn esta sexta-feira perguntava quanto é que os utilizadores estariam dispostos a pagar por uma versão mais sofisticada do Tweetdeck.

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O Tweetdeck foi comprado há seis anos pelo Twitter Reuters/KACPER PEMPEL

Alguns utilizadores do Twitter receberam, nesta sexta-feira, um inquérito sobre a utilização do Tweetdeck, no qual tinham de indicar funcionalidades que gostavam de ver numa versão melhorada desta aplicação. No final do inquérito, pedia-se que os utilizadores dessem uma estimativa do preço que estariam dispostos a pagar por uma versão mais completa e com mais funcionalidades do Tweetdeck. 

No e-mail, enviado apenas a alguns utilizadores, a empresa descreveu o funcionamento do Tweetdeck melhorado. “Esta funcionalidade premium fornecerá ferramentas valiosas de visualização, publicação e sinalização dos utilizadores, através de alertas, tendências e análise de actividades” assim como “ferramentas de composição e publicação num único painel personalizável”, afirma, segundo a BBC.

O inquérito, enviado por email, perguntava que tipo de funcionalidades poderiam ser mais interessantes para os utilizadores. De acordo com as imagens divulgadas no Twitter, os internautas podiam seleccionar opções como gráficos avançados, análise de seguidores, alertas de notícias de última hora, gestão de contas na versão móvel e na versão de desktop e a possibilidade de trocar de conta facilmente. Esta versão paga pode estar mais direccionada para profissionais da comunicação, como jornalistas ou marketeers. 

No inquérito, o Twitter perguntou aos utilizadores quanto estariam dispostos a pagar por um serviço como este. Alguns utilizadores escrevem que lhes foram apresentados valores específicos. No Twitter, Andrew Tavani partilhou o inquérito e escreveu que lhe propuseram um valor de 19,99 dólares por mês (aproximadamente 18,50 euros). Também partilhou duas imagens, uma delas a mostrar como seria esta nova versão da aplicação. No entanto, não diz qual é a fonte das imagens, pelo que se pode tratar de uma projecção. 

Ao director de audiência do site Techcrunch foi-lhe proposto um valor de 4,99 dólares (4,62 euros) por uma versão premium da aplicação. Esta discrepância pode indicar que o inquérito apresenta valores diferentes, como forma de avaliar a disposição dos potenciais clientes.

Há seis anos que o Tweetdeck está nas mãos do Twitter. Em 2011, a empresa de São Francisco comprou o Tweetdeck por 40 milhões de dólares (aproximadamente 37 milhões de euros). No entanto, esta ferramenta nunca foi a principal aposta do Twitter. A última actualização data de 2012 e desde então algumas funcionalidades foram suprimidas, como a aplicação mobile e o programa nativo do Windows. A falta de apoio interno tornou-se óbvia, mas a plataforma foi sobrevivendo, em parte, graças aos utilizadores fiéis.

A aparente queda da publicidade, como escreve a BBC, podia explicar esta aposta num pacote premium. No entanto, Brielle Villablanca, representante do Twitter, desmente, num comunicado divulgado pelo TechCrunch, que se trate de uma possível fonte de receita paralela aos anúncios: “Estamos a promover este inquérito para perceber o interesse numa versão nova e mais sofisticada do Tweetdeck”, escreve, acrescentando que o Twitter está a “explorar várias maneiras para fazer com que o Tweetdeck seja ainda mais valioso para os profissionais”.  

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