Microsoft dá uma ajuda ao negócio da marijuana

Ferramenta para seguir a produção e venda de cannabis vai usar plataforma da multinacional.

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A ferramenta destina-se a produtores, vendedores e autoridades Alessandro Bianchi/Reuters

A Microsoft anunciou a sua primeira experiência com marijuana, cujo consumo e venda está a ser legalizado em vários estados dos EUA. A multinacional fez uma parceria com uma empresa especializada no sector chamada Kind Financial, que desenvolve uma ferramenta para produtores, comerciantes e autoridades acompanharem a plantação e venda de cannabis.

O papel da Microsoft , que é conhecida sobretudo por produtos como o Windows e o Office, é  relativamente modesto. Ao abrigo do acordo, a Kind vai poder usar uma plataforma chamada Azure Government, que permite a empresas desenvolverem serviços e aplicações em conformidade com as exigências do governo americano (por exemplo, toda a informação é guardada em servidores dentro do país).

A ferramenta da Kind, chamada Agrisoft, permite às autoridades monitorizarem o negócio da marijuana, ajudando a garantir que quem produz e vende está a cumprir os requisitos legais. “Ninguém consegue prever o futuro da legalização de cannabis, mas é claro que a cannabis legalizada estará sempre sujeita  a um escrutínio e regulações rígidas, semelhantes às do álcool e tabaco”, afirmou o presidente da Kind, David Dinenberg, num comunicado. “Estou contente por a Microsoft apoiar a missão da Kind de construir a base para a conformidade [legal] da cannabis”.

A Agrisoft recorre a códigos de barra e tecnologia de RFID (usada em muitos sectores para identificar e seguir o percurso de objectos) para registar o percurso da cannabis, incluindo nos casos em que a planta é usada como ingrediente para outros produtos.

“Achamos que vai haver um crescimento significativo”, afirmou, em declarações ao jornal The New York Times, a responsável da Microsoft pelas soluções para as autoridades locais, Kimberly Nelson. “À medida que a indústria vai sendo regulada, haverá mais transacções, e acreditamos que haverá requisitos e ferramentas mais sofisticados no futuro”.

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