Aplicação da UNICEF converte passos em alimentos

Projecto incentiva crianças sedentárias a serem mais activas e, ao mesmo tempo, combate a fome em países como o Sudão do Sul.

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Reuters/ARI JALAL

A UNICEF tem em marcha uma campanha para incentivar as crianças norte-americanas a serem mais activas fisicamente e, ao mesmo tempo, para alimentar crianças gravemente subnutridas em países como o Sudão do Sul, através de uma aplicação que passa agora a estar disponível também para adultos.

Em 2015, aquela agência das Nações Unidas lançou nos Estados Unidos as pulseiras de monitorização de exercício Kid Power, após um projecto-piloto na Califórnia. Estes dispositivos contabilizam o número de passos dados pelo utilizador, convertendo cada 2.500 num ponto. Uma vez somados dez pontos, a UNICEF envia um pacote de alimentos terapêuticos a uma criança subnutrida, num esforço suportado pelos patrocinadores do programa. Na prática, a pulseira converte os passos em comida, combatendo a obesidade e a fome ao mesmo tempo.

Segundo conta o Mashable, o programa tem tido efeitos positivos nas duas frentes: as crianças norte-americanas que utilizam a pulseira são 55% mais activas do que as que não participam no programa; e a alimentação de emergência está a chegar a quem mais precisa.

A novidade agora é que já não é necessário ter a pulseira para participar no programa, que até aqui tinha estado em grande parte limitado às escolas norte-americanas. A UNICEF lançou uma aplicação que vai permitir a qualquer pessoa de qualquer idade entrar no desafio de converter passos em comida. A UNICEF Kid Power está agora disponível para os sistemas iOS e Android, registando a actividade física do utilizador através do smartphone, do smartwatch ou dos relógios de fitness.

Ao Mashable, a presidente da UNICEF nos Estados Unidos, Caryl M. Stern, afirmou que o objectivo é “envolver milhares de crianças na América” e “salvar a vida de milhares de crianças espalhadas por todo o mundo”, agora sem limites etários: “Acreditamos que a missão ‘torna-te activo, salva vidas’ não se restringe às crianças”.  

Texto editado por Pedro Guerreiro

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