Com novo modelo de vídeos, Facebook torna-se mais barulhento

Som passará a tocar automaticamente. Novas funcionalidades permitirão manter o vídeo mesmo quando se está a usar o telemóvel para outras tarefas.

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Mudanças facilitam a visualização no telémovel Reuters/DADO RUVIC

O Facebook está a expandir as funcionalidades dos seus vídeos, que passam a abrir automaticamente com som à medida que se desliza pelo site. “As pessoas vêem cada vez mais vídeos nos telemóveis, e esperam ouvir o som destes quando têm o volume do aparelho ligado,” lê-se no comunicado.

O objectivo é adaptar as funcionalidades audiovisuais do Facebook à era da navegação no telemóvel e da dispersão por várias tarefas. Além de som automático, o Facebook anunciou uma ferramenta que permite às pessoas continuarem a navegar o site enquanto vêem um vídeo em que já carregaram. O vídeo passa a ter dimensões reduzidas e pode ser arrastado para qualquer canto do ecrã. Os utilizadores de aparelhos Android também podem sair da aplicação do Facebook, para fazer outras tarefas no seu telemóvel, sem que o vídeo páre.

As mudanças agora anunciadas entrarão em efeito até ao final do ano, mas a rede social esclarece que não são todas obrigatórias. Por exemplo, quem  não quiser o som dos vídeos a tocar automaticamente no seu feed de notícias, pode desligar a função através das definições. 

Para quem prefere um ecrã maior, o Facebook oficializou uma nova aplicação de vídeos para televiões. O anúncio já tinha sido feito em Outubro, mas agora o Facebook confirma que a aplicação estará brevemente disponível para a Apple TV, para a Amazon Fire TV e para a Samsung Smart TV. “As pessoas estão a ver e a partilhar mais vídeos do Facebook do que nunca, e queremo-nos focar em melhorar essa experiência," diz o Facebook. 

Os vídeos têm sido uma aposta do Facebook e são importantes para atrair o dinheiro de anunciantes. Mas as métricas do Facebook têm vindo a ser arrastadas em controvérsia nos últimos meses. Em Setembro, a rede social teve de pedir desculpa após uma investigação do Wall Street Journal revelar que vários anunciantes tinham descoberto que o gigante das redes sociais estava a sobrestimar o tempo que os utilizadores passavam a ver anúncios em vídeo na sua plataforma.Os cálculos da equipa do Facebook não estavam a incluir as visualizações com menos de três segundos, o que aumentava o tempo de visualização de cada vídeo. No seguimento da notícia, o Facebook anunciou uma parceria com a empresa de estudos de mercado Nielsen para incluir os dados dos vídeos do Facebook no relatório da Nielsen de classificação de conteúdo digital.

O Facebook prometeu ainda oferecer mais opções a anunciantes que queiram comprar publicidade nos vídeos do Facebook. Vai passar a ser possível ter publicidade com som e os anunciantes poderão optar por uma modalidade em que terão de pagar apenas os vídeos que sejam vistos do início ao fim.

Texto editado por João Pedro Pereira

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