Se pensava que a BlackBerry, fabricante canadiana de telemóveis, estava já fora do mapa, enganou-se. A empresa, que acaba de lançar um novo smartphone. É o DTEK60 com um ecrã de 5.5 polegadas com uma resolução de 2560x1440 pixéis e um tamanho para rivalizar com os concorrentes iPhone 7 Plus da Apple e com o Google Pixel XL, mas mais barato.

Deixando de lado o seu próprio sistema operativo, tal como já tinha acontecido com o anterior DTEK50 lançado em Julho, a BlackBerry utiliza o software Android tal como a maioria das empresas tecnológicas, exceptuando a Apple e a Microsoft que têm os seus próprios sistemas.

E mais uma vez a palavra-chave neste smartphone é a segurança. Ou seja, está direccionado a empresas e a departamentos governamentais que não querem que os seus colaboradores utilizem os telemóveis pessoais para trabalhos com informações sensíveis.  

De entre as funcionalidades, destaca-se o LTE 4G que permite uma rápida transferência de dados e navegação na Internet bem como uma memória com 32 GB existindo ainda a possibilidade de expandir esta capacidade.

Segundo a Bloomberg, a BlackBerry está ainda a tentar alcançar acordos de licenciamento com outros fabricantes e que, até agora, apenas conseguiu chegar a acordo com um consórcio de telecomunicações da Indonésia para criar telemóveis com a marca BlackBberry. No entanto, a China e a Índia são outros dos alvos.

Citando o director de operações da BlackBerry, Marty Beard, a Bloomberg diz ainda que estes acordos de licenciamento podem ir além dos telemóveis. Ou seja, existe a possibilidade de utilizar o actual software de segurança da empresa para proteger qualquer dispositivo ligado à Internet. Em Setembro do ano passado, começou a ser vendido, inclusivamente, um aparelho de rastreamento de camiões. Por isso, o objectivo é lançar no mercado dispositivos semelhantes criados e comercializados por outras empresas, mas com o selo da BlackBerry.

“Não nos restringimos apenas a telefones”, afirmou Beard à Bloomber. “Existem outros segmentos que são interessantes e que tanto a nossa capacidade de gestão, como a nossa capacidade de segurança e o nosso software – que é óptimo – podem ser muito úteis”.