Vizinha de Pedro Dias é arguida por suspeita de o ter acolhido durante a fuga

Professora, que é amiga do alegado homicida, é suspeita de crime de favorecimento pessoal.

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ruf rui farinha/NFactos

Uma vizinha de Pedro João Dias, o suspeito de ter matado um militar da GNR e um civil que se entregou à Polícia Judiciária na noite de terça-feira, foi na manhã desta quarta-feira levada pelos inspectores, constituída arguida e interrogada, confirmou o PÚBLICO junto de fonte policial. As autoridades suspeitam que a mulher terá albergado Pedro João Dias, em Arouca, durante o tempo em que este esteve em fuga. Ainda não é certo durante quantos dias é que o suspeito terá estado refugiado naquela casa, a mesma em que Pedro João Dias esperou na noite de terça-feira os inspectores da PJ após ter dado uma entrevista à RTP.

A mulher, uma professora amiga do suspeito, foi constituída arguida pelo crime de favorecimento pessoal. Mora há vários anos numa habitação ao lado da avó de Pedro João Dias. O suspeito morava com a avó há vários anos, na mesma zona onde os pais tiveram um apartamento. Desde que os crimes aconteceram, a 11 de Outubro, a avó saiu de casa e foi viver com familiares.

Durante a manhã desta quarta-feira, dezenas de inspectores da PJ fizeram mais de dez buscas naquela zona. A casa da avó e da vizinha foram algumas das habitações visadas por esta operação, que já estava preparada há algum tempo. Há vários dias que a PJ tinha mandados de busca para diversas habitações pertencentes a amigos e familiares do fugitivo. A polícia acreditava que Pedro João Dias estaria a ser ajudado e contactou mesmo diversos familiares seus para que o convencessem a entregar-se, estratégia que, porém, não teve então sucesso.  

Já esta quarta-feira, a advogada de Pedro João Dias, Mónica Quintela, explicou por que o cliente não se entregou. "Não o fez porque não houve condições para o fazer, porque lhe foi montada uma autêntica caça ao homem e havia um risco muito premente, muito efectivo, de ser baleado, de ser abatido. Por isso, a entrega teve que ser desta forma, rodeado de todas as cautelas, de forma que a detenção pudesse ser feita sem quaisquer problemas e sem que envolvesse qualquer risco", disse.

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