Governo cria grupo de trabalho para valorizar e proteger recursos e povoamentos florestais

Relatório final tem de ser entregue até 10 de Setembro.

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O grupo de trabalho não vai ser pago pelo trabalho desenvolvido Daniel Rocha

O Governo criou um grupo de trabalho para a reprogramação das medidas de valorização dos recursos florestais e de protecção e reabilitação dos povoamentos florestais, segundo um despacho do ministro da Agricultura, publicado nesta segunda-feira em Diário da República.

"O grupo de trabalho deve apresentar um relatório inicial com a proposta de reprogramação, para auscultação aos parceiros do sector, até 31 de Julho, e o relatório final até 10 de Setembro", refere o despacho n.º 6074/2017 do gabinete do ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos.

A missão do grupo de trabalho é "a elaboração de uma proposta de reprogramação, a apresentar à Comissão Europeia, das medidas 4 'Valorização dos recursos florestais' e 8 'Protecção e Reabilitação dos Povoamentos Florestais', do Programa de Desenvolvimento Rural para o continente, designado PDR 2020".

Segundo o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, é "essencial" proceder à alteração do quadro regulamentar das operações que compõem as medidas 4 e 8 do PDR 2020, de forma a "ultrapassar os constrangimentos identificados, agilizar a execução destas operações e atingir taxas de compromisso e de execução total da dotação destas duas medidas".

Em despacho, Luís Capoulas Santos indicou que a criação deste grupo de trabalho responde às orientações previstas no programa do Governo para "proceder ao ajustamento de algumas medidas do PDR 2020 com vista a garantir soluções mais adequadas às necessidades do sector, dotadas de uma eficácia superior em matéria de custos e de discriminação positiva para as zonas desfavorecidas".

Neste âmbito, o governante justificou a constituição deste grupo de trabalho com a criação das Entidades de Gestão Florestal (EGF), decorrente da reforma da floresta, com o actual nível de compromisso global das operações florestais do PDR 2020 ser de 58% e com a necessidade de "uma gestão flexível do programa e uma reprogramação financeira das operações da medida 4 'Valorização dos recursos florestais', e da medida 8, do PDR 2020 por forma a se atingir um compromisso total da dotação destas operações".

Coordenado pelo engenheiro Hélder Bicho, da Autoridade de Gestão do PDR 2020, o grupo de trabalho é constituído por adjuntos do secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, bem como membros do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), da Direcção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo (DRAPLVT), do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP) e do Gabinete de Planeamento e Políticas e Administração Geral (GPP). De acordo com o despacho publicado em Diário da República, integra ainda a equipa do grupo de trabalho um perito externo a designar pelo secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural. 

"Aos membros do grupo de trabalho não é devido o pagamento de qualquer retribuição pelo trabalho desenvolvido neste âmbito", lê-se no despacho.

Após o trabalho no âmbito do PDR 2020, o grupo tem que elaborar as propostas de alteração da legislação nacional resultantes da reprogramação das medidas de valorização dos recursos florestais e de protecção e reabilitação dos povoamentos florestais. 

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