Os dois homens detidos pela PSP na madrugada desta segunda-feira na zona de Campanhã, no Porto, suspeitos de terem matado outro homem, vão aguardar o desenvolvimento da investigação ao homicídio em prisão preventiva. A medida de coacção foi decretada pouco depois das 18h por um juiz do Tribunal de Instrução Criminal do Porto, onde, durante os interrogatórios, os arguidos se remeteram ao silêncio.

Na origem deste homicídio estará um ajuste de contas, motivado por um desentendimento anterior, entre os três homens – todos de nacionalidade romena –, que já há algum tempo, segundo fonte judicial, se dedicavam à realização de assaltos na cidade no Porto. Na madrugada desta segunda-feira, o automóvel da vítima, de 26 anos, estava estacionado na Rua de Vera Cruz, como é habitual. O jovem residia nas imediações daquela rua. Pelas 3h, terá percebido que os dois alegados companheiros de vários assaltos estariam a tentar roubar-lhe o carro e decidiu pedir-lhes explicações. Por que razão o estavam a fazer? Ninguém sabe. Sabe-se que se precipitaram então as agressões mútuas que acabaram com o jovem de 26 anos estendido no chão. Foi esfaqueado 14 vezes.

A PSP e o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) confirmaram terem sido alertados por uma testemunha, um morador. Quando chegaram ao local, os agentes do carro patrulha da PSP ainda encontraram o jovem vivo e estendido no asfalto. O médico e o enfermeiro da viatura médica de emergência e reanimação do Hospital de São João tentaram, momentos depois, sem sucesso, salvá-lo. O INEM enviou também para o local uma ambulância dos Bombeiros Voluntários do Porto.

Enquanto os elementos do INEM e os bombeiros tentavam salvar o jovem, os agentes da PSP correram atrás dos dois suspeitos. Acabaram por ser interceptados no cruzamento das ruas de Pinto Bessa e da Lomba, ainda em Campanhã, no Porto, pelas 3h40. Ainda tinham com eles a faca que terá sido usada no crime e que foi apreendida pela PSP. Um deles tinha também sinais evidentes de ter sido agredido, tendo ambos, na roupa, várias manchas de sangue que será o da vítima mortal.

De acordo com a PSP, os dois detidos não tinham “morada fixa em território nacional”, ao contrário do jovem que morreu. Inspectores da Polícia Judiciária do Porto e elementos do Laboratório de Polícia Científica da PJ estiveram no local a recolher indícios que possam vir a ser fundamentais na investigação ao homicídio.