Ribeiro e Castro critica falta de acordo global PSD/CDS nas autárquicas

Apesar de não ter dito ainda se aceita ou não ser mandatário da candidatura, o centrista afirma que o independente Marco Almeida “merece a liderança” de Sintra.

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Ribeiro e Castro apoia Marco Almeida, mas ainda não decidiu se será o mandatário RUI GAUDÊNCIO

O centrista Ribeiro e Castro está triste, preocupado e desapontado por PSD e CDS não terem definido uma estratégia global e conjunta para as próximas eleições autárquicas. A razão é óbvia: juntar forças para alterar o quadro político do país, pôr travões no funcionamento da “geringonça”.

“Não podemos esquecer que vivemos com uma maioria de esquerda no Parlamento. As autárquicas são um momento de alterar esse quadro político”, defende o ex-líder do CDS para quem “é muito estranho” que “dois partidos que reagiram tão negativamente a este Governo” [executivo PS apoiado pelas esquerdas] não tenham sido “capazes de definir uma estratégia política global de entendimento no primeiro desafio eleitoral que têm pela frente” – as autárquicas.

Para Ribeiro e Castro, a direita devia ter olhado para o “mapa cor-de-rosa” do país e, em função dessa análise, ter delineado uma estratégia: “[Devia ter visto] quais são as câmaras do PS, as que mais relevam para o peso político da ‘geringonça’. E ver onde podia haver coligações para alterar esse quadro. Vejo com tristeza e preocupação que PSD e CDS não o fizeram.”

O centrista ressalva que não está a falar do caso concreto de Lisboa, autarquia à qual concorre a líder do CDS Assunção Cristas e que merecerá “naturalmente” o apoio de Ribeiro e Castro, mesmo que o ex-deputado defendesse “um quadro mais geral de entendimento”.

“É um desapontamento [os dois partidos] não se terem entendido em geral, Lisboa tinha de fazer parte de um acordo mais geral”, explica Ribeiro e Castro, frisando que devia haver “uma estratégia global, não ponto a ponto”, embora esse entendimento tivesse de respeitar “as autonomias de cada autarquia”.

Certo que CDS apoiará Marco Almeida

Ribeiro e Castro foi convidado para ser o mandatário da candidatura do independente Marco Almeida a Sintra, que já conta com o apoio do PSD. Apesar de o CDS ainda não ter definido o seu posicionamento, o centrista garante que não é por essa razão que ainda não decidiu se aceita.

Argumenta que ainda é cedo, mas não deixa qualquer dúvida em relação ao apoio que dará a Marco Almeida, por quem nutre “admiração e apreço” e que considera ser “uma espécie de Rui Moreira de Sintra”.

“Em Sintra, estamos na rota certa com esta candidatura independente. Marco Almeida merece a Câmara de Sintra”, diz, lamentando que nas últimas autárquicas os partidos de direita não o tenham apoiado. É este “erro” que Ribeiro e Castro não quer que se repita: “Surpreendia-me muito que o CDS não viesse a apoiar. Estou certo de que o CDS fará parte dessa onda, resgatando o erro do passado”, afirma.

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