PSD Lisboa espera por Passos Coelho para propor candidato

Nomes estão a agitar PSD, mas direcção do partido está sem pressa.

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PSD Lisboa nada fará sem o aval de Passos Coelho Nuno Ferreira Santos

A recusa de Pedro Santana Lopes em dar a cara pelo PSD em Lisboa está a gerar uma confusão mediática em torno de potenciais candidatos autárquicos. O líder da concelhia social-democrata, Mauro Xavier, já desmentiu que nome de independentes como José Eduardo Moniz e Laurinda Alves avançados pelo jornal i estejam a ser testados.

Mas a sangria de possíveis candidatos deverá continuar, já que a direcção do PSD mantém o calendário autárquico que se estende, no limite, até Março do próximo ano. Certo é que o PSD Lisboa não irá propor nenhum nome sem haver articulação com o líder do partido, Pedro Passos Coelho.

A decisão está, por isso, nas mãos de Passos Coelho, que não tem nenhuma intenção de antecipar o calendário para Lisboa à semelhança do que acontece noutras capitais de distrito. A direcção nacional tem argumentado que não há pressa na capital até porque não há candidatos do PSD noutras câmaras de grande dimensão como Porto ou Coimbra. Mesmo que, em Lisboa, a líder do CDS, Assunção Cristas, já se tenha posicionado e esteja no terreno. A hipótese de vir a ser apoiada pelos sociais-democratas é muito remota. 

Os diferentes calendários têm sido a principal divergência entre a direcção nacional do partido e as estruturas locais de Lisboa. Mauro Xavier manifestou várias vezes em público a sua preferência por ter um candidato no segundo semestre deste ano para permitir uma discussão mais alargada sobre a cidade, mas isso já não vai acontecer. 

Num post colocado esta quinta-feira na rede social Facebook, o líder da concelhia de Lisboa disse ser falsa a notícia do jornal i que apontava para José Eduardo Moniz, actual vice-presidente do Benfica, e para Laurinda Alves, jornalista e escritora, como nomes que serão testados para poderem vir a ser formalmente convidados. “O PSD Lisboa mantém a estratégia definida pelo presidente do partido e em articulação com a distrital”, escreveu, prevendo que o mesmo post terá de ser partilhado nos próximos tempos. 

Esta quinta-feira, o Correio da Manhã avançou como possibilidades os nomes de Teresa Morais e também de Teresa Leal Coelho, deputadas e vice-presidentes do partido. Teresa Leal Coelho é vereadora em Lisboa, mas tem partilhado o seu tempo entre a capital e Madrid onde o marido é embaixador.

Outra vice-presidente do partido, Maria Luís Albuquerque, também já foi apontada como um nome forte para a capital (uma espécie de plano b), depois de excluído outro vice-presidente: Jorge Moreira da Silva, que saiu do cargo para ser director-geral de Desenvolvimento e Cooperação da OCDE, em Paris. Em Abril, no congresso do partido, José Pedro Aguiar Branco lançou outro nome, o de José Eduardo Martins, que entretanto foi tornado coordenador autárquico do PSD em Lisboa. Até o nome de Passos Coelho foi dado como hipótese para a capital por Fernando Alves, na sua crónica Sinais, na TSF. 

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