Depois do não de Santana a Lisboa, Passos vai procurar candidato

Decisão já foi comunicada a Pedro Passos Coelho.

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A justificação avançada por Santana Lopes é a de que está empenhado em continuar o trabalho à frente da Santa Casa ADRIANO MIRANDA

Pedro Santana Lopes disse não ao PSD: "Não serei candidato a Lisboa", explicou ao Expresso o actual presidente da Santa Casa de Lisboa. A decisão já vinha na capa do jornal Sol no último sábado, mas foi transmitida na terça-feira a Pedro Passos Coelho, líder do partido.

O líder do partido, confirmou o PÚBLICO, vai agora à procura de outro candidato para a maior autarquia do país. Depois da decisão de Santana, Passos transmitiu que mantém a sua posição de o PSD ter um candidato próprio à câmara, dando como "pouco provável" a possibilidade de o partido apoiar Assunção Cristas, na candidatura que a líder do CDS assumiu em Lisboa (e que o próprio Passos Coelho elogiou pela "coragem", numa recente entrevista ao PÚBLICO. O líder social-democrata assume que o "não" de Santana é um contra-tempo, mas já foi lembrando no partido que a decisão do partido está ainda "em tempo", consoante o calendário definido para ter fechadas as candidaturas a Lisboa e Porto: Março de 2017.

Na conversa com o Expresso, Santana Lopes justificou a sua opção com o empenho em prosseguir o trabalho que tem levado a cabo na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. O seu mandato como provedor da SCML, recorde-se, foi renovado em março passado pelo Governo de António Costa e prolonga-se até 2019. Curiosamente, na noite de terça-feira o ex-ministro do Governo de Santana, Nuno Morais Sarmento, disse na Rádio Renascença que é bom ter em conta dois nomes, quando se falar sobre candidatos à liderança do partido: Santana e Marques Mendes.

Ao PÚBLICO, esta quinta-feira, o presidente da concelhia de Lisboa do PSD, Mauro Xavier, disse respeitar "a decisão", mas reconhece o revés para o partido. "Fico com pena, pois foi um grande presidente e ainda podia fazer muito por Lisboa. O PSD está calmo e sereno", diz, acrescentando esperar que "se mantenha a decisão de o partido ter um candidato próprio" contra Fernando Medina.

Em entrevista ao "Expresso" que será publicada no próximo sábado, Santana Lopes fala dos projetos que quer concretizar nesta segunda fase do seu mandato na Santa Casa, das ideias para Lisboa que o fizeram hesitar numa decisão que confessa ter sido "muito muito difícil " e admite que Fernando Medina não será um candidato fácil de derrotar.

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